domingo, 5 de junho de 2011

Os covardes da internet

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Você lembra da polêmica pós-eleição presidencial, envolvendo a xenofobia aos nordestinos? Segundo publicaram alguns órgãos de imprensa, começou com uma usuária do twitter e reforça, mais uma vez, uma opinião que tenho sobre o uso da internet por algumas pessoas. Os covardes (tanto os do mundo real e virtual) imaginam, “inocentemente”, que podem postar ou escrever o que quiserem, ninguém descobrirá e nada vai acontecer.

Na tentativa de abrir a interatividade com seus usuários, alguns grandes portais de notícia, aqui no Brasil, permitem a postagem de comentários sem uma censura ou avaliação prévia. Isso, porém, tem sido um prato cheio para os covardes de plantão! Palavras de baixo calão, deboches e provocações são muito comuns. Lembro-me quando foi noticiado o acidente daquele avião da Air France, que saiu do Rio de Janeiro para Paris, no ano passado. A insensibilidade, nas postagens dos internautas no Terra, por exemplo, chegava a ser revoltante.

A sensação [falsa!] do “anonimato” – e a aparente impunidade – tem encorajado os covardes do mundo real no mundo virtual. São aqueles que jamais diriam, frente a frente, olho no olho, o que teclam sob a sombra de seus monitores.

Anos atrás tive uma amarga experiência com a primeira versão deste blog. Uma postagem, um tanto polêmica, gerou uma enxurrada de comentários (prós e contras). O desrespeito nas postagens dos leitores começou a ficar incontrolável e fui obrigado a liberar os comentários, somente sob avaliação prévia. Antes eram automáticos. Infelizmente, não deu para continuar. Copiei e tenho todos esses arquivos. Posteriormente descobri a verdadeira identidade de alguns desses “autores”. E quê surpresa desagradável: cidadãos e cidadãs, aparentemente, irrepreensíveis. Porém, escondidos atrás de uma ilusória cortina cibernética, revelaram uma tremenda e lamentável falta de caráter e de coragem.

Também já tive o desprazer de receber e-mails, com observações pesadas, carregadas de ódio e indignação. E depois de dar-me ao trabalho de responder, esclarecendo cada uma das colocações, descubro que o “remetente” simplesmente não existe. O e-mail não vai. O perfil é falso. É fake. Apenas mais um que se aproveitou de formulários de sites para dar vazão ao ódio… e a covardia.

O que falar dos que escrevem ofensivamente e depois – arrependidos ou não – deletam as postagens e comentários? E dos dissimulados? Um amigo meu, não faz muito tempo, enfrentou um bombardeiro de twitadas de um colega de trabalho. Descobriu isso, um tanto tarde. O ataque era feito sorrateiramente, indiretamente. Covardemente. E o que dizer, ainda, daqueles que praticam o mau jornalismo replicando textos sem a devida apuração, não ouvindo “os dois lados” da história?

Quão sábio ainda é o conselho bíblico de Mateus 18:15 – “Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão”.

Não é melhor assim? Basta coragem (muita!), humildade (mais ainda!). E, claro, espírito, verdadeiramente, cristão.

Fonte:Novo Tempo

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