quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Porco - Paul Washer


Mulher Virtuosa - Paul Washer

Conselhos aos artistas pop que desejam caminhar com Cristo



Muitos artistas populares têm demonstrado interesse pelo Evangelho. Gostaria de usar este espaço para deixar-lhes alguns conselhos que considero muito importantes para quem almeja caminhar com Cristo em meio aos holofotes e a fama.

1 – Cuidado com os aproveitadores da fé. Muitos desejarão pegar carona em sua fama para divulgar suas igrejas e trabalhos. Não há nada de errado em ser famoso. Porém, prefira a discrição na igreja. Lembre-se que lá a “Estrela” é Cristo. Peça ao líder que não chame a atenção para a sua presença nos cultos. Recuse-se a fazer do seu testemunho um chamariz. Há uma indústria religiosa que oferece testemunhos à granel, reduzindo as pessoas à condição de “ex”alguma coisa. Exemplo: ex-bruxo, ex-ator da Globo, ex-cantor famoso, ex-homossexual, ex-viciado nisso ou naquilo, etc. Daqui a pouco haverá algum empresário gospel se oferecendo para lhe agenciar. Corra disso, pois envenenará a sua alma. Recuse-se a ser garoto propaganda de qualquer que seja a igreja ou ministério. O melhor testemunho é o seu comportamento nos círculos que você freqüenta. Seus amigos verão a diferença. Não os abandone por haver se convertido à Fé.

2 – Muitos artistas aproveitam a má fase de suas carreiras para aderirem ao Evangelho, pois sabem que há um enorme filão que pode alavancar sua carreira. O que Deus requer de nós não é adesão, mas conversão. Converter-se não significa que você terá que abandonar sua carreira, ou transformá-la numa carreira gospel. Por favor, não faça isso! As Escrituras dizem que cada um deve se manter na vocação em que foi chamado por Deus. Não desista de sua carreira, a menos que Deus lhe chame para abraçar o ministério. E caso isso lhe ocorra, prepare-se antes de começar a desenvolvê-lo. Procure um bom seminário, se possível um de boa reputação, que tenha tradição. Infelizmente, há um monte deles sem qualquer profundidade, ou dado a modismos doutrinários. Há até alguns que se prestam a vender diplomas.

3 – Pesquise! Leia bastante. Seja seletivo na escolha dos livros, dos sites, e dos amigos que encontrar na igreja. Procure caminhar com pessoas sérias, idôneas, que não vão se aproveitar de você para se promover, ou para lhe extorquir. A igreja está cheia de gente muito boa, mas sempre há joio entre o trigo, como nos admoestou Jesus.

4 – Mantenha o foco em Jesus e você jamais se decepcionará. Ame-O de todo o seu coração, e Ele lhe conduzirá pelas sendas da justiça, e lhe cobrirá de amor e cuidado.

5 – Lembre-se que a vocação artística é algo divino. Em Êxodo 35:30-33 lemos que Deus escolheu Bezalel, “e o Espírito de Deus o encheu de habilidade, inteligência e conhecimento, em toda arte, para criar obras artísticas”. Portanto, não despreze o dom que Deus lhe deu. Use-o para entreter, divertir, inspirar e promover transformação no Mundo.

6 - Como cristão você terá que estar disposto a renunciar a qualquer proposta que não se coadune com a sua fé. Sua consciência deve estar acima de qualquer ganho financeiro. Por isso, seja seletivo quanto aos trabalhos que fizer. Escolha aqueles que trarão não apenas aplausos, mas também a aprovação divina. Não sacrifique sua comunhão com Deus no altar do sucesso. Melhor do que ter os pés gravados na calçada da fama, é tê-los seguindo as pegadas do Mestre. 

Como deveriam ser os debates sobre homossexualidade




Apenas uma vez, eu gostaria de ver uma entrevista na TV mais ou menos assim:

Apresentador: Você é um pastor cristão, e diz que acredita na Bíblia, o que significa que você deveria amar todas as pessoas.

Pastor: É isso mesmo.

Apresentador: Mas me parece que você e a sua igreja têm uma posição um tanto quanto sem amor, quando se trata dos gays. Os homossexuais são bem vindos em sua igreja?

Pastor: É claro. Nós cremos que o evangelho é uma mensagem relevante para cada pessoa desse planeta, e nós queremos que todos ouçam o evangelho e encontrem a salvação em Jesus Cristo. Então, em nossa igreja, nossos braços estão estendidos para pessoas com qualquer tipo de histórico, todo tipo de raça, todo tipo de etnia e cultura. Somos um lugar para todos os tipos de pecadores, e pessoas com todos os tipos de problemas.

Apresentador: Mas você disse “somos um lugar para pecadores”. Então você acredita que a homossexualidade é pecado, certo?

Pastor: Sim, acredito.

Apresentador: Então como você concilia o mandamento de amar todas as pessoas com uma posição sobre o homossexualismo que alguns diriam ser radicalmente intolerante?

Pastor (sorrindo): Se você acha que a minha posição sobre homossexualismo é radical, espere até ouvir no que mais eu acredito! Eu creio que um casal de adolescentes que fazem sexo no banco de trás do carro estão pecando. O casal heterossexual que não é casado mas moram juntos ali na esquina, para mim, está pecando. De fato, qualquer atividade sexual que ocorre fora da aliança do casamento entre um marido e sua esposa é pecado. Mais ainda, Jesus leva essa ética sexual um passo além e vai ao cerne do assunto. Isso significa que cada vez que eu simplesmente desejo sexualmente outra pessoa, estou pecando. A visão radical de Jesus sobre o sexo nos mostra todos como pecadores sexuais, e foi por isso que Ele veio morrer. Jesus veio para salvar pecadores, homo e heterossexuais, e transformar nossos corações, mentes e comportamentos. Porque Ele morreu por mim, eu devo tudo a Ele. E como seguidor de Jesus, procuro obedecer tudo que Ele diz sobre sexo e moralidade.

Apresentador: Mas Jesus não condenou o homossexualismo diretamente, não é mesmo?

Pastor: Ele não precisava. Ele foi diretamente à questão do coração e intensificou os mandamentos contrários a comportamentos imorais do Antigo Testamento. Assim, Jesus não condenou o adultério, por exemplo, da mesma forma que um dos Dez Mandamentos. Jesus condena até mesmo o desejo que leva ao adultério, com o propósito de nos oferecer corações transformados que começam a bater no ritmo de seus mandamento radicais.

Apresentador: Você diz que Ele condenou o adultério, mas Ele decidiu não condenar aquela mulher que foi pega em adultério.

Pastor: Sim, mas Ele disse a ela “vá, e não peques mais”.

Apresentador: Mas quem é você para condenar alguém que não se alinha com as suas crenças pessoais sobre sexualidade?

Pastor: Quem sou eu? Ninguém. Não é de importância alguma o que eu penso sobre essas coisas. Essa conversa sobre homossexualismo não tem nada a ver com as minhas crenças pessoais. É sobre Jesus e o que Ele diz. Eu não tenho direito de condenar ou julgar o mundo. Esse direito pertence a Jesus. Minha esperança é segui-Lo fielmente. Isso significa que tudo que Ele diz em relação a práticas sexuais é o que eu creio ser verdadeiro, amável e muito melhor para a felicidade do ser humano – mesmo quando parece estar longe das murmurações da cultura atual.

Apresentador: Mas você está julgando. Você está dizendo para todos os gays que estão nos assistindo que eles são pecadores.

Pastor: Eu não estou falando apenas dos gays. Estou apontando Jesus como resposta para toda pecaminosidade sexual.

Apresentador: Mas você está se referindo aos gays. Por que você está tão focado assim nos homossexuais?

Pastor (sorrindo): Com todo o respeito, foi você quem trouxe esse assunto.

Apresentador: Você está dizendo que não é possível ser gay e cristão?

Pastor: Não. Estou dizendo que você não pode ser um cristão genuíno sem arrependimento. Todos – incluindo eu – são culpados de pecar, mas o cristianismo se baseia no arrependimento. Concordamos com Deus sobre nosso pecado, deixamos essa prática para trás e corremos para Jesus. Quando se trata de cristianismo, esse debate não é sobre homossexualismo contra outros pecados. É se o arrependimento é ou não integral para a vida cristã.

Apresentador: Mas você enxerga porque um homossexual nos assistindo pode pensar que você está o atacando pessoalmente? Você está dizendo que há algo de errado com ele.

Pastor: Eu penso que o ensinamento de Jesus sobre sexualidade nos mostra que há algo de errado com todos nós – algo que só pode ser consertado pelo que Jesus fez por nós na cruz, em Sua ressurreição. Dito isso, eu entendo porque as pessoas podem pensar que estou atacando-as pessoalmente. A maioria das pessoas que se sentem atraídas pelo mesmo sexo acreditam que nascem com essas tendências. É por isso que elas normalmente veem essa atração como algo central em suas existências, e assim se identificam com o rótulo de “gay”. Então quando alguém questiona seu comportamento ou desejo, eles entendem como um ataque ao que há de mais central em si mesmos. Isso normalmente não é a intenção da pessoa que discorda do comportamento homossexual. Mas é assim que se entende. Eu compreendo isso.

Apresentador: Se é verdade que uma pessoa nasce com uma ou outra orientação sexual, então como é possível ser amável condenar a orientação de alguém?

Pastor: Bem, nós realmente não sabemos com certeza sobre a atração sexual ser inata e decidida desde o nascimento. Tudo que temos é o testemunho de pessoas que dizem ter experimentado desejos homossexuais desde a infância. O cristianismo ensina que todas as pessoas nascem com uma inclinação para o pecado. É possível que algumas pessoas terão uma propensão ao abuso do álcool ou ataques de ira, enquanto outros uma propensão a outros pecados. De qualquer forma, cristãos acreditam que as pessoas são mais do que seus instintos sexuais. Nós acreditamos que a dignidade humana é diminuída sempre que definimos nós mesmos por comportamentos e desejos sexuais. Pense nisso: homens casados, às vezes, são atraídos por muitas mulheres que não são sua esposa. Isso significa que eles devem se auto-intitular como polígamos? De forma alguma. E você certamente não consideraria agressivo por parte dos cristãos encorajar homens casado a não agirem conforme seus desejos, em um esforço para permanecerem fieis às suas esposas. Esse é o cristianismo, afinal de contas.

Apresentador: Não, ainda parece que você está dizendo para as pessoas não serem honestas com quem elas são.

Pastor: Só parece assim porque você acredita que o desejo sexual reflete o centro da identidade de alguém. Ajudaria se você e outros que concordam com você entendessem que, ao me pressionar para aceitar o comportamento homossexual como normal e virtuoso, vocês estão indo contra o próprio centro da minha identidade como seguidor de Jesus. O rótulo mais importante para mim é “cristão”. Minha identidade – em Cristo – é central para quem eu sou. Então eu poderia dizer a mesma coisa e chamar você de intolerante, preconceituoso e agressivo por tentar mudar uma convicção que está no cerne de quem eu sou, como cristão. Eu não digo isso porque eu não acredito que seja a sua intenção. Mas você também não deveria pensar que a minha intenção é atacar um homossexual ou causar danos a ele simplesmente porque eu discordo.

Apresentador: Mas o problema é: sua posição cultiva o ódio e encoraja o bullying.

Pastor: Eu reconheço que algumas pessoas trataram de forma equivocada os homossexuais no passado. É um vergonha que qualquer um faça chacota, provoque ou agrida outro humano feito a imagem de Deus. Dito isso, eu penso que devemos deixar mais uma coisa clara, no que tange o discurso civil: discordar não é odiar. Eu espero que ainda possamos ter uma conversa de verdade nesse país sobre pontos de vista diferentes sem retratar um ao outro da pior forma possível. A ideia de que discordar do comportamento homossexual necessariamente resulta em perigo aos gays é elaborada para encerrar as conversas e imediatamente definir um ponto de vista (nesse caso, o ponto de vista cristão) como fora dos limites. Como cristão, eu devo amar meu próximo e buscar o bem dele, mesmo quando não concordo 100% com ele. Mais ainda, a figura de Cristo morrendo na cruz por seus inimigos necessariamente afeta a forma como eu penso sobre essa e outras questões.

Trevin Wax | Traduzido por Filipe Schulz | iPródigo | original aqui

Que roupa vou usar no Céu?






Pense em tudo o que você já comprou: 


casa, carro, celular, notebook, outro celular, sapatos, roupas, mais um celular (o ano virou e você não poderia ficar sem o último modelo, né?), TV, Nintendo, Super Nintendo, Mega Nintendo, Mega Ultra Super Hiper Nintendo, DVD, iPhone (porque agora celular já tá ultrapassado), móveis, aparelho de som, TV de um bilhão de polegadas com dolby surround (porque aquela de tela plana já é velhinha, né, tenho que ter um home cinema agora), mais roupas, colar de ouro, relógio (meu Deus, como eu poderia esquecer do relógio?!), anel de ouro, pulseira de ouro, ouro em barras, aplicações, câmera digital, filmadora digital, qualquer troço digital, iPhone 4 (quem quer ficar com um 3GS velho, seu pobre?) mais roupa (virou a estação! Temos de renovar o armário!) ténis de corrida, tênis de caminhada, tênis com sistema de amortecimento da NASA, outro carro (esse daqueles que parecem um rinoceronte, de tão grande), bolsa Louis Vuitton (pode ser falsificada mesmo, o importante é acharem que é original), iPhone 5 (ah, esse diz meu nome quando ligo, não dá pra não comprar), mais outro tanto de roupas, um armário maior pra caber tanta roupa, fogão com acendimento a laser, geladeira com refrigeração a laser, microondas com aquecimento a laser, outro carro (um só é pouco, vai que meu 4X4 quebra), livros que não leio mas pelo menos me fazem parecer inteligente na estante, uma estante pra pôr os livros e me fazer parecer inteligente, mais um tênis (é que esse tem sistema de refrigeração Super Fresh e amortecimento Body Impact Reduction), uma TV nova com projetor e som dolby inquestionable surround, mais uma roupa, capa pro iPhone feita de chrome lycron stupidity (o material da hora), iPhone 6 (e daí que acabei de comprar o 5?), notebook novo com 10 gramas a menos de peso (uau! Como a Apple consegue coisas tão extraordinárias como reduzir em 10 gramas o peso de um notebook?!?!), Wii Fit last generarion, X-Box, Y-Box, Z-Box, Bíblia de Estudos à prova d’água (afinal, sou crente, né?), Bíblia em aplicativo para iPhone, um Ipad, Bíblia em aplicativo para Ipad, Blue-ray (DVD? troço velho…), mais roupa, uma casa maior pra caber tanta coisa, móveis novos, TV nova de 6 bilhões de polegadas (o home cinema não combina com a casa nova), sistema de TV a cabo com 358 canais, casaco com aquecimento antiperspirante, gravata furta-cor daquela marca que o William Bonner usa, um celular de ultimíssima geração (tá, eu sei, já tenho um iPhone, mas esse celular era tão fofinho que não resisti), um hamster que sapateia em três ritmos diferentes (o do meu vizinho sapateia só em dois, hehehe), mais roupa, aparelho de som novo que parece saído de um filme de Spielberg, dinheiro na aplicação, mais dinheiro na aplicação, aplicação de dinheiro na veia (mais difícil de roubarem), meias de tecido italiano, sapatos novos (os antigos sujaram, é mais fácil comprar um novo que lavar), botox na testa, ternos novos (quem consegue viver só com 28, fala sério!), gravatas novas (5 pra combinar com cada terno), relógio novo (a porcaria do antigo só ia até 500 metros de profundidade, este vai a 550, imprescindível!), óculos ray-ban, escrivaninha entalhada a mão por carpinteiros do Tibete, quadros comprados em leilão de qualquer pintor estrangeiro, todos os mais recentes lançamentos da Polishop (que obviamente meus amigos não saberão que é da Polishop, mas direi que vieram de Miami), notebook novo (pois o último modelo tem tampa que fecha fazendo um barulhinho que imita o R2D2, como não comprar?), bicicleta cross com selim antifracture mega structural pra pedalar na ciclovia, A-Box, (não sobrou letra do alfabeto, voltemos ao início), mais roupa, novo aparelho de som com mp10 e sound system glorified, uma casa de veraneio, mais roupa, mais DVDs, mais blue-rays, mais canais na NET, mais…

Só que aí você morre.

Chega à porta do Céu e descobre que está pelado. Nu. Sem nada nas mãos. 

Jesus está na porta, te esperando. Te olha nos olhos e pergunta:

- Onde está o teu coração?

E tudo o que se vê, até o perder de vista, é a gloria de Deus.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari

Como suportar pessoas insuportáveis na igreja



Todos nós conhecemos e convivemos com pessoas insuportáveis dentro da igreja. Gente chata, pedante, mentirosa, enganadora, hipócrita, arrogante, sem noção, inconveniente, deselegante, ofensiva, sem limites, abusada, sem amor, irritante, insubmissa, incompatível… Nossa, são tantos os adjetivos que tornam uma pessoa insuportável que fica até difícil listar todos. Mas elas estão aí, fazem parte da nossa vida, a convivência geralmente é compulsória e não tem jeito: somos obrigados a compartilhar ambientes, conversas, tarefas ou simplesmente a presença delas. A pergunta é: como suportar as pessoas insuportáveis que convivem conosco na igreja?
Nessa hora, como em tudo na vida, temos que voltar nossos olhos para as Sagradas Escrituras em busca de respostas. Porque, se formos agir segundo a nossa carne, simplesmente vamos começar a brigar, ofender, cortar relações e a ter outras reações nada espirituais com relação a essas pessoas insuportáveis. Quando, na verdade, Jesus deseja que nós consigamos conviver com o diferente. Porque, se você parar pra pensar, a pessoa nada mais é do que uma “pessoa diferente” de você. Numa família, por exemplo, onde todos falam baixo, o insuportável é aquele primo que fala alto como um italiano. Já num família de italianos, o insuportável pode ser aquele que não participa da bagunça, como aquele primo que se comporta como um inglês.
Então, ser ou não ser insuportável depende de quão diferente alguém é de você. Esse é o parâmetro. Eu já ouvi de certas pessoas “nossa, o fulano é tão caladinho”. Outras vezes, ao final de uma viagem soube que esse mesmo fulano incomodou as pessoas no carro “de tanto que ele falou”. Certamente tal fulano não é calado e tagarela ao mesmo tempo, mas dependendo do contexto em que está se torna mais ou menos insuportável.
E, vou te contar um segredo: a esmagadora maioria das pessoas é diferente de você. Logo, insuportável. Dentro da igreja, então, onde todos deveriam ser um amor e agir segundo o exemplo de Cristo, o coeficiente de insuportabilidade é enorme. Que fazer? Deixar de ir à igreja? Fugir da comunhão?
Paulo toca no assunto em Efésios 4. Ele diz: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor“. Repare: de todas as atitudes que o apóstolo poderia nos recomendar ter, ele nos manda logo “suportar uns aos outros“. E se você for pensar bem, ele certamente não está mandando suportar quem é gente fina, os carismáticos, os que nos fazem rir e sorrir. Está se referindo aos insuportáveis.
Mas, Zágari, e aí, qual é o segredo para conseguir isso? Como suportar os insuportáveis como a Biblia manda? O segredo é o que Paulo diz logo depois:“suportando-vos uns aos outros em amor“. Amor: essa é a formula mágica.
Isso se confirma quando lemos 1Co 13.7: “O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta“. Sim, o amor tudo suporta, inclusive o que é insuportável. Senão não seria “tudo”. “Mas falar de amor é fácil”, alguém poderia argumentar”, “na hora de lidar com a pessoa insuportável quero ver amar de verdade”. Só que esse amor não se restringe a um sentimento fácil. Exige esforço. Exige a consciência de que dele depende a união do Corpo de Cristo. Repare o que o apóstolo Paulo diz em Efésios logo em seguida a “suportando-vos uns aos outros em amor”: “Esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz; há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação“.
Amar aqui é uma atitude apresentada como algo que exige esforço. E não um esforço qualquer, mas um esforço “diligente”, ou seja, com zelo, com cuidado, com dedicação. E com qual finalidade? “Preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz“.
Deus deseja paz para sua Igreja. Deseja paz para cada membro de seu Corpo. Para os gente fina, mas também para os insuportáveis. Jesus nunca prometeu que na congregação dos santos todos seriam pessoas fantásticas, nossos melhores amigos. Temos que amar todos os que ali estão, o que significa um grande esforço para aturá-los em suas chatices. Você certamente sabe quem são os insuportáveis da sua igreja. Ame-os. Suporte-os. Despenda esforços nesse sentido. E faça isso com zelo. Pois essa é a única forma possível de haver unidade na Igreja.

Ah, só mais uma coisa: nunca se esqueça de que o insuportável da sua igreja pode ser… você.

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari