segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Doce e amarga






Hoje quero falar de Noemi. E também de Mara. Na verdade são a mesma pessoa. Noemi é Mara. Mara é Noemi. Foi Noemi quem trocou seu próprio nome. Por uma razão bem específica.


Noemi significa “agradável”. E assim era a vida dela e do marido Elimeleque e dos dois filhos. Aí veio a fome. Deixaram Israel e se foram para Moabe, país vizinho. Lá sobreviveram. Mas a tragédia insiste em bater à porta de Noemi. O marido morre. Viúva, ela termina de criar os filhos. Tempos depois os rapazes, Malon e Quilion, se casaram com moças moabitas. Quando as coisas começavam a se equilibrar novamente, depois de 10 anos, a tragédia vem em dose dupla. E cruel. Morrem os dois filhos. Restando ela e as duas noras estrangeiras, Noemi decide voltar. Voltar prá casa. Para seu país. Para próximo dos parentes. O que poderia fazer uma viúva, sozinha em terra estranha?


Ao chegar à pequena cidadezinha de Belém, sem marido, sem filhos, sem dinheiro, apenas acompanhada da nora (Rute), Noemi pede: “Não me chamem de Noemi. Me chamem de Mara”. Mara significa “amarga”. Oposto de “agradável”.


É bom lembrar que o nome Mara não foi dado como uma descrição de como ela se sentia, mas sim como uma narrativa dos acontecimentos em sua vida. Apesar de todas as tragédias que aconteceram em sua vida, Noemi confiou em Deus. E foi recompensada. De maneira indireta acabou sendo tataravó do rei Davi. Da mesma família de onde, anos depois, nasceria Jesus.


Como são os caminhos do Senhor! Não temos, realmente, como imaginar ou entender as aparentes tragédias ou dificuldades da vida. Só Ele sabe. Só Ele vê mais além. Só Ele tem as respostas. Só Ele tem os “porquês”.


Está você vivendo numa fase de amargura, como Noemi? Confie. Mesmo que as lágrimas embacem ou obscureçam seu olhar, Deus vê mais além. Está ao seu lado, mesmo que você não sinta o abraço que Ele agora está dando em você.






Fonte:Amilton Menezes

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