quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

As respostas de Deus para perguntas difíceis

Onde Deus estava quando isso aconteceu comigo?
Ele estava lá e Ele vê tudo (Pv 15:3)

Ele não se importou?
Sim, Ele se importou e continua se importando (Na 1:7; 1 Pe 5:6-7)

Como um Deus amoroso pôde permitir que algo assim acontecesse?
Deus deu à sua criação a liberdade de escolher. Ele não criou as pessoas para serem marionetes.( DT 30:15-20)

O Senhor entende como eu me sinto?
Sim, mais do que qualquer outra pessoa. (Isaías 53:3; Hb 4:15)

Posso me recuperar?
Todas as coisas são possíveis para Deus. (Mt 19:26)
Ele deseja curar você. (Jr 17:14)

Como posso ser curado?
Confiando que Deus é fiel em cumprir sua palavra.(Sl 18:25)

Por onde começo?
Deus ouve você - Confesse sua mágoa (Sl 34:17-18), coloque a mágoa nas mãos Dele (1Pe 5:7), e perdoe a pessoa que magoou você (Cl 3:13).

Não é difícil perdoar?
Sim, é difícil perdoar. No entanto, Deus capacitará você a obedecer aquilo que Ele ordenou. ( 1Ts 5:24), compreenda que Deus perdoou você. ( Ef 4:32)

O que devo fazer, então?
Não se vinge - Deus tratará da pessoa que ofendeu você. (Rm 12:19).
Não guarde rancor - Prossiga com sua vida (Is 43:18-19).
Procure o bem que resultará dessa situação difícil ( Rm 8:28)

Quando serei curado?
A cura de mágoas profundas leva tempo (Ec 3:3).
Nesse processo, é preciso encarar o mal que foi feito ( Sl 51:6); reconhecer os seus sentimentos ( Ec 3:4-8); Aplicar a verdade de Deus expressa em Sua palavra( Sl 107:20).

Texto extraído da Bíblia da Mulher no quadro da pág. 1024pelo Site Bíblia e a Ciência.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Forever Alone


Quem tem internet (e usa) provavelmente já conhece o tal ‘Forever Alone’, uma piadinha de internet que é a personificação da pessoa solitária. 


Em todas as situações, ele está sozinho. Mais do que isso: quem está sozinho é um ‘Forever Alone’. Se você nunca ouviu falar, dá uma pesquisada no Google e depois volta aqui. Pronto.

Será que a Palavra de Deus fala algo a respeito de solidão? Será que nós, usuários da internet, essa enorme multidão de pessoas solitárias, podemos aprender algo sobre esse assunto na Bíblia?

Foi pensando nisso (em um momento bem solitário) que resolvi tentar escrever essa série de pequenas reflexões a respeito da solidão à luz da Bíblia. Se você é uma pessoa solitária, não fique com medo: a ideia não é fazer um monte de piadinhas sobre o fato de você estar só. Sei que é um assunto sério, então vou tentar tratar de forma (mais ou menos) séria.

Então, pra começar colocando as coisas numa perspectiva Bíblica, vamos ler alguns textos:

“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e Ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco).” (Mateus 1:23 e Isaías 7:14)

Jesus Cristo é a plena revelação de Deus. Em Hebreus 1:1-2 aprendemos que Deus revelou-se de várias formas no passado, mas, nos últimos dias, revelou-se por meio de Jesus, o Filho de Deus, o Deus-homem, semelhante a nós. Anunciando a vinda do Messias, o nome que Deus escolheu foi esse: ‘Deus conosco’. A ideia central do Evangelho é que o perfeito Filho de Deus morre em nosso lugar e, assim, não precisamos mais sofrer a merecida condenação pelos nossos pecados. E parte dessa missão do Filho é também uma das características do nosso Deus: Deus conosco. Deus aqui, durante a encarnação, sofrendo as mesmas dores e dificuldades que nós, sendo tentado, passando frio, fome e dor. Mas Deus não esteve “conosco” somente durante a encarnação.


“E eis que estou convosco todos os dias até a consumação do século.” (Mateus 28:20)

Como o C. S. Lewis disse uma vez, temos somente duas alternativas: ou Jesus é um louco varrido, que mentia e enganava todo mundo o tempo todo e formou um grupo de gente mais louca do que Ele, malucos dispostos a enfrentarem a morte por causa de um monte de mentiras sem o menor sentido… ou Jesus é Deus e falou a verdade em tudo o que Ele disse.

Se Jesus é Deus e falou a verdade, então temos o dever de confiar nessa promessa. Podemos estar sem a companhia de outras pessoas, podemos não ter a companhia que gostaríamos de ter, mas Jesus continua conosco, todos os dias. Não estamos sozinhos quando estamos sozinhos.

Se você se sente solitário, mesmo ‘sabendo’ dessas coisas, você não está sozinho nisso. O texto de 1 Pedro 5:9 nos ensina que sofrimentos iguais aos nossos estão acontecendo com os nossos irmãos ao redor do mundo. No entanto, temos que lutar contra a incredulidade, da mesma forma que lutamos contra outros pecados. Em João 14:1, vemos Jesus nos dizendo ‘Acreditem em mim’ e, em Marcos 9:24, vemos Quem é o único que pode nos ajudar na luta contra a incredulidade.

Da mesma forma que lutamos contra nossa tendência pecaminosa à lascívia, à preguiça, à mentira, à inveja, temos que lutar contra a nossa incredulidade. Temos que crer em Deus quando Ele diz de Si próprio que é Deus Conosco, devemos acreditar em Jesus quando Ele promete estar conosco todos os dias. Aquilo que cremos molda tudo o que somos.

Daniel Torres Cavalcante – Nisso Pensai

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O templo de Salomão substituiu o santuário do deserto?


Realmente, o tabernáculo no deserto foi substituído pelo templo de Salomão; este pelo de Zorobabel, que por sua vez foi substituído pelo templo construído por Herodes.
Jesus profetizou de que não ficaria pedra sobre pedra do templo dos seus dias (reconstruído por Herodes). No ano 70 se cumpriu a profecia. Por isso hoje o templo do povo de Israel não pode mais ser encontrado. Mateus 24:1 e 2 diz que “tendo Jesus saído do templo, ia-se retirando, quando se aproximaram dele os seus discípulos para lhe mostrar as construções do templo. Ele, porém, lhes disse: Não vedes tudo isto? Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”.
Mais importante do que o templo para as reuniões públicas, é nós nos entregarmos a Deus como templos vivos em adoração e serviço ao Senhor. Deus deseja morar em nós, templos vivos. “Não sabeis que sois santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de Deus, que sois vós, é sagrado.” (1 Coríntios 3:16-17).
O Apocalipse relata que um dia todos os filhos de Deus estarão reunidos para adora-Lo em um templo real o céu – lugar da habitação de Deus. Poderíamos dizer que o santuário e o templo de Jerusalém eram apenas cópia muito simplória deste templo original.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

A Bíblia fala sobre a ‘origem das raças’?


Sobre a origem das raças, não temos todas as informações necessárias para tirar todas as dúvidas, mas de uma coisa nós estamos certos: de que Deus “de um só fez toda raça humana para habitar sobre toda a face da terra, havendo deixado os tempos previamente estabelecidos e os limites da sua habitação” (Atos 17:26). Pela história bíblica, isto aconteceu com a criação de Adão e Eva. No entanto, veio o dilúvio e morreu toda raça humana, exceto oito pessoas (II Pedro 2:5). Os três filhos de Noé, Sem, Cão e Jafé, passaram a ser os ancestrais de toda raça humana.
As características de um indivíduo são determinadas por fatores hereditários, ambientais, alimentares, etc. Em Cantares de Salomão, capítulo 1:5 e 6, há um exemplo da influência dos fatores ambientais. Sulamita era morena, mas o fato de ela ter dito “porém formosa”, mostra que a cor de sua pele não era “porque o sol me queimou”, mas porque era morena mesmo.
Deus gosta da diversidade das coisas. Veja as diversas nuances do verde na natureza, o grande número de cores das flores e frutos, a variedade de pássaros e insetos, etc. Por que só o homem teria de ser como um carimbo, sempre igual ao anterior? Na carga genética de cada pessoa, Deus colocou inúmeras possibilidades de variação: na estatura, na cor dos olhos, na cor da pele, na compleição física, etc. É bom que seja assim.
Na medida em que havia cruzamentos humanos e separação por áreas geográficas, com suas variações climáticas e alimentares, as diversas raças humanas foram sendo apuradas e identificadas até chegarmos ao estado atual. Não devemos esperar encontrar na Bíblia uma resposta para cada aspecto da vida humana, mas Deus deu sabedoria ao homem para pesquisar e entender a natureza. A ciência da genética explica o problema.
O salmo 87 nos informa que Deus leva em conta a diversidade das pessoas, anotando cuidadosamente, o lugar de nascimento de cada um e, certamente, suas características pessoais. Vemos assim, que Deus planejou tudo e tomou providências para que Seu plano fosse executado.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Dicas para casar com a pessoa certa.




10 dicas para não errar


Com a taxa de divórcio acima de 50%, aparentemente pessoas demais estão cometendo um grave erro ao decidir com quem pretendem passar o resto de sua vida. Para evitar tornar-se uma estatística, tente interiorizar estes dez pontos a fim de não entrar em uma fria.


1. Você escolhe a pessoa errada porque espera que ele/ela mude depois do casamento.


O erro clássico. Nunca despose um potencial. A regra de ouro é: Se você não pode ser feliz com a pessoa como ela é agora, não se case. Como disse, muito sabiamente, um colega meu: “Na verdade, pode-se esperar que alguém mude depois de casado… para pior!”


Portanto, quando se trata da espiritualidade, caráter, higiene pessoal, habilidade de se comunicar e hábitos pessoais de outra pessoa, assegure-se de que pode viver com estes como são agora.


2. Você escolhe a pessoa errada porque se preocupa mais com a química que com o caráter.


A química acende o fogo, mas o bom caráter o mantém aceso. Esteja consciente da síndrome “Estar apaixonado”. “Estou apaixonado” freqüentemente significa “Sinto atração física.” A atração está lá, mas você averiguou cuidadosamente o caráter dessa pessoa?


Aqui estão quatro traços de personalidade para serem definitivamente testados:


Humildade: Esta pessoa acredita que “fazer a coisa certa” é mais importante que o conforto pessoal?


Bondade: Esta pessoa gosta de dar prazer aos outros? Como ela trata as pessoas com as quais não tem de ser agradável? Ela faz algum trabalho voluntário? Faz caridade?


Responsabilidade: Posso confiar que esta pessoa fará aquilo que diz que fará?


Felicidade: Esta pessoa gosta de si mesma? Ela aprecia a vida? É emocionalmente estável?


Pergunte-se: Eu desejo ser como esta pessoa? Quero ter um filho com esta pessoa? Gostaria que meu filho se parecesse com ela?


3. Você fica com a pessoa errada porque o homem não entende aquilo que a mulher mais precisa.


Homens e mulheres têm necessidades emocionais específicas, e quase sempre, é o homem que simplesmente “não consegue.” A tradição judaica coloca sobre o homem o ônus de entender as necessidades emocionais de uma mulher, e de satisfazê-las.


Para a mulher, o mais importante é ser amada – sentir que é a pessoa mais importante na vida do marido. O marido precisa dar-lhe atenção consistente e verdadeira.


Isso fica mais evidente na atitude do judaísmo para com a intimidade sexual. A Torá obriga o marido a satisfazer as necessidades sexuais da mulher. A intimidade sexual é sempre colocada em termos femininos. Os homens são orientados para um objetivo, principalmente quando se trata desta área. Como disse certa vez uma mulher inteligente: “O homem tem duas velocidades: ligado e desligado.” As mulheres são orientadas pela experiência. Quando um homem é capaz de trocar as marchas e torna-se mais orientado pela experiência, descobrirá o que faz sua esposa muito feliz. Quando o homem se esquece de suas próprias necessidades e se concentra em dar prazer à mulher, coisas fantásticas acontecem.


4. Você escolhe a pessoa errada porque vocês não partilham metas de vida em comum e prioridades.


Existem três maneiras básicas de nos conectarmos com outra pessoa:


Química e compatibilidade.
Partilhar interesses em comum.
Compartilhar o mesmo objetivo de vida.
Assegure-se de que você compartilha o profundo nível de conexão que objetivos de vida em comum proporcionam. Após o casamento, os dois crescerão juntos ou crescerão separados. Para evitar crescer separado, você deve entender para que “está vivendo” enquanto é solteiro – e então encontrar alguém que tenha chegado à mesma conclusão que você.


Esta é a verdadeira definição de “alma gêmea.” Uma alma gêmea tem o mesmo objetivo – duas pessoas que em última instância compartilham o mesmo entendimento ou propósito de vida, e portanto possuem as mesmas prioridades, valores e objetivos.


5. Você escolhe a pessoa errada porque logo se envolve sexualmente.


O envolvimento sexual antes do compromisso de casamento pode ser um grande problema, porque muitas vezes impede uma completa exploração honesta de aspectos importantes. O envolvimento sexual tende a nublar a mente da pessoa. E uma mente nublada não está inclinada a tomar decisões corretas.


Não é necessário fazer um “test drive” para descobrir se um casal é sexualmente compatível. Se você faz a sua parte e tem certeza que é intelectual e emocionalmente compatível, não precisa se preocupar sobre compatibilidade sexual. De todos os estudos feitos sobre o divórcio, a incompatibilidade sexual jamais foi citada como o principal motivo para as pessoas se divorciarem.


6. Você fica com a pessoa errada porque não tem uma profunda conexão emocional com esta pessoa.


Para avaliar se você tem ou não uma profunda conexão emocional, pergunte: “Respeito e admiro esta pessoa?”


Isso não significa: “Estou impressionado por esta pessoa?” Nós ficamos impressionados por um Mercedes. Não respeitamos alguém porque tem um Mercedes. Você deveria ficar impressionado pelas qualidades de criatividade, lealdade, determinação, etc.


Pergunte também: “Confio nesta pessoa?” Isso também significa: “Ele ou ela é emocionalmente estável? Sinto que posso confiar nele/nela?”


7. Você se envolve com a pessoa errada porque escolhe alguém com quem não se sente emocionalmente seguro.


Faça a si mesmo as seguintes perguntas: Sinto-me calmo, relaxado e em paz com esta pessoa? Posso ser inteiramente eu mesmo com ela? Esta pessoa faz-me sentir bem comigo mesmo? Você tem um amigo realmente íntimo que o faz sentir assim? Assegure-se que a pessoa com quem vai se casar faz você sentir-se da mesma forma!


De alguma maneira, você tem medo desta pessoa? Você não deveria sentir que é preciso monitorar aquilo que diz porque tem medo da reação da outra pessoa. Se você tem receio de expressar abertamente seus sentimentos e opiniões, então há um problema com o relacionamento.


Um outro aspecto de sentir-se seguro é que você não sente que a outra pessoa está tentando controlá-lo. Controlar comportamentos é sinal de uma pessoa abusiva. Esteja atento para alguém que está sempre tentando modificá-lo. Há uma grande diferença entre “controlar” e “fazer sugestões.” Uma sugestão é feita para seu benefício; uma declaração de controle é feita para o benefício de outra pessoa.


8. Você fica com a pessoa errada porque você não põe todas as cartas na mesa.


Tudo aquilo que o aborrece no relacionamento deve ser trazido à baila para discussão. Falar sobre aquilo que incomoda é a única forma de avaliar o quão positivamente vocês se 0comunicam, negociam e trabalham juntos. No decorrer de toda a vida, as dificuldades inevitavelmente surgirão. Você precisa saber agora, antes de assumir um compromisso: Vocês conseguem resolver suas diferenças e fazer concessões que sejam boas para ambas as partes?


Nunca tenha receio de deixar a pessoa saber aquilo que o incomoda. Esta é também uma maneira para você testar o quanto pode ficar vulnerável perante esta pessoa. Se você não pode ser vulnerável, então não pode ser íntimo. Os dois caminham juntos.


9. Você escolhe a pessoa errada porque usa o relacionamento para escapar de problemas pessoais e da infelicidade.


Se você é infeliz e solteiro, provavelmente será infeliz e casado, também. O casamento não conserta problemas pessoais, psicológicos e emocionais. Na melhor das hipóteses, o casamento apenas os exacerbará.


Se você não está feliz consigo mesmo e com sua vida, aceite a responsabilidade de consertá-la agora, enquanto está solteiro. Você se sentirá melhor, e seu futuro cônjuge lhe agradecerá.


10. Você escolhe a pessoa errada porque ele/ela está envolvido em um triângulo.


Estar “triangulado” significa que a pessoa é emocionalmente dependente de alguém ou de algo, ao mesmo tempo em que tenta desenvolver um outro relacionamento. Uma pessoa que não se separou de seus pais é o exemplo clássico de triangulação. As pessoas também podem estar trianguladas com objetos, tais como o trabalho, drogas, a Internet, passatempos, esportes ou dinheiro.


Assegure-se de que você e seu parceiro estejam livres de triângulos. A pessoa apanhada em um triângulo não pode estar emocionalmente disponível por completo para você. Você não será a prioridade número um. E isso não é base para um casamento.


Fonte: www.sexoaberto.com || Rabino Dov Heller

Pão Diário deseja um Feliz Natal a todos!



“Por que Jesus é melhor do que Papai Noel? 

Papai Noel vive no polo norte. Jesus está em todos os lugares. 
Papai Noel anda num trenó. Jesus anda nas asas do vento e andou sobre as águas. Papai Noel nos visita uma vez por ano. Jesus está sempre presente para nos ajudar. Papai Noel enche suas meias com presentes. Jesus supre todas as suas necessidades. Papai Noel entra pela chaminé sem ser convidado. Jesus está à porta e bate… então, entra em nosso coração quando convidado.
“Você tem que ficar na fila para ver Papai Noel. Basta mencionar o nome Jesus, e Ele está ali pertinho.
Papai Noel deixa você sentar em seu colo. Jesus deixa você descansar em Seus braços. 
Papai Noel não sabe o seu nome, ele diz: ‘Ei, garotinho’, ‘Ei, menininha, como é o seu nome?’ Jesus já sabia nosso nome antes mesmo de nascermos. Ele não somente conhece nosso nome, Ele sabe o nosso endereço também. Ele conhece nossa história e nosso futuro, e sabe quantos fios de cabelo temos na cabeça.
“Papai Noel tem a sacola cheia de doces. Jesus tem o coração cheio de amor. Papai Noel diz: ‘Não precisa chorar.’ Jesus diz: ‘Vou cuidar de você; lance seus cuidados sobre Mim e Eu cuidarei de você.’
“Os que ajudam o Papai Noel fazem brinquedos. Jesus faz vidas novas, remenda corações feridos, conserta lares quebrados e constrói mansões.
“Papai Noel coloca presentes sob sua árvore. Jesus tornou-Se nosso presente e morreu numa ‘árvore’.”
Não há sombra de dúvidas; realmente não há comparação. Apenas devemos nos lembrar do verdadeiro sentido do Natal. E colocar Jesus no centro da festa.
Jesus é a razão do Natal.

Fonte: CPB

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Jesus, o melhor presente


“Todo o Céu estava interessado no grande acontecimento da vinda de Cristo à Terra. Mensageiros celestiais vieram tornar conhecido o nascimento do Salvador por muito tempo prometido e esperado, aos humildes pastores que cuidavam de seus rebanhos durante a noite, nas planícies de Belém. A primeira manifestação que atraiu a atenção dos pastores por ocasião do nascimento do Salvador foi uma luz fulgurante nos céus estrelados, que os encheu de espanto e admiração.” — Este Dia com Deus, [Meditações Matinais, 1980], pág. 358.


"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" João 3:16


Esse é o melhor presente que alguém pode receber. E com ele vem muitas exclusividades: salvação(At 2:21; 4:12) perdão dos pecados (Ef 1.7), paz (Jo 14.27), amor (Rm 8.35), vida eterna (Jo 3.16), vida abundante (Jo 10.10), a garantia de uma herança (Ef 1.3,11,14) e um corpo novinho em folha, no futuro (1 Co 15.50-54).
Para receber esse maravilhoso presente, tudo o que você tem a fazer é concordar com Deus e admitir que você é pecador.
“Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo [o Messias] morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).
Você não gostaria de receber agora mesmo o presente da vida eterna que Deus tem para lhe dar? Basta aceitá-Lo. Será o melhor presente que você já ganhou na vida!Pense nisso.
por Bíblia e a Ciência

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

No céu nós poderemos voar com os anjos?



A Bíblia não nos revela detalhes sobre este assunto. Em Deuteronômio 29:29 podemos ler que: As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei.
Mas também lemos em 1 Coríntios 2:9, que: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam?.
Sendo assim, o mais importante é irmos para o céu, pois lá saberemos se vamos voar ou não. Tenha certeza que o Céu reservará muitas surpresas para os filhos de Deus.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estudo Bíblico "Futuro com Esperança" no Facebook






Agora é possível estudar a Bíblia de uma maneira interativa e dinâmica. O projeto é uma colaboração entre a Divisão Sul Americana e a área Web da Novo Tempo e tem por objetivo transmitir através do Facebook os ensinos da Bíblia apresentados pelo Pr. Luís Gonçalves.

O curso possui 20 lições em vídeo e texto com um questionário no fim de cada lição. O aluno pode compartilhar o curso com seus amigos e receber ajuda de instrutores voluntários que respondem perguntas bíblicas e ajudam a compreender melhor a Bíblia.


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Quando a esmola da Globo é demais, o Crente desconfia.


A música gospel se tornou a espinha dorsal de uma indústria cujos altos cifrões de vendagem e baixos números de pirataria chamaram a atenção da indústria musical secular. Assim, não espanta o tratamento especial da Sony cedido aos artistas gospel, com direito a organização da Sony Gospel Music, gerenciada por um respeitado especialista da área, Maurício Soares.
O potencial consumidor do mercado musical evangélico chamou a atenção da Rede Globo, a partir do seu braço musical, a Som Livre. O resultado foi a produção e exibição do Festival Promessas, que contou com os nomes mais conhecidos do gospel nacional.
Então, as desavenças históricas entre a Globo e os evangélicos (leia-se “entre Globo e Edir Macedo”, leia-se, Globo e Record) são coisa do passado? Não se engane. Nessa diplomacia religiosa há muito de disputa comercial. As TVs vivem de audiência e nada mais natural que a Globo veja os evangélicos não como um campo missionário, mas como um campo pronto para a ceifa de lucros e dividendos.
E o que faz o cristão quando se vê como um componente do jogo de mercado? Dá as costas e vai procurar sua turma? Dá uma lição nas víboras capitalistas e vai vender geleia real de porta em porta? Aproveita a chance de apresentar sua mensagem na maior rede de TV do país?
Mas, qual a mensagem apresentada pelo gospel na Globo? Pergunto isso porque, apesar de Ana Paula Valadão recitar João 3:16, falar da cruz e cantar do Apocalipse como algo a não temer, o que se assistiu em boa parte do programa foram alguns cantores falando “derrama, Shekinah”, “tira o pé do chão, igreja!”, “declare para o Brasil inteiro ouvir”, “levante as mãos que o helicóptero está filmando”.
Para a Globo é bom: o povo adora, ela explora e ainda tira aquela pecha de “emissora do capeta” que algumas igrejas lhe davam. Para o gospel é bom: o cantor vende e ora, o fiel compra e chora; mas nunca é demais lembrar que há vozes honestas e corações sinceros.
E para o evangelho? Há o cristão que vê a mão bem visível do mercado do entretenimento tomando para si a música destinada ao louvor e adoração a Deus. Talvez porque, quando a esmola da Globo é demais, o crente desconfia. E há o cristão que acredita que o evangelho está abrindo portas para chegar ao conhecimento de muito mais gente.
Mas, qual evangelho? O do pula-pula e do oba-oba ou o do chamado à reflexão? O do evangelho de mercado ou o do evangelho apesar do mercado? O do culto à canção ou o do culto com pregação? O do sucesso ou o do serviço? São duas faces da mesma moeda, ou do mesmo evangelho?
A Globo quer audiência e uma fatia do lucrativo mercado musical evangélico. Ponto. Então, caro cantor gospel, vá lá, cante e dê sua mensagem. Só não dá pra dizer, caro cantor, que agora o Brasil é de Jesus, porque não é bem assim que as coisas acontecem.
"Gospel" quer dizer também "evangelho". Os mais empolgados cantaram uma importante vitória desse "gospel" evangelizador. Gospel afirmou-se também como sinônimo de uma produção musical industrial em série. Como embalagem, os mais cautelosos desconfiam que Globo e gospel tem tudo a ver; enquanto mensagem, eles creem que Globo e evangelho não tem nada a ver.
Enfim, a suma de tudo o que ouviste pela voz do gospel na Globo é esta: quem é evangélico e gosta do estilo, assistiu e se emocionou; quem não é evangélico, deve ter mudado de canal; e quem é evangélico e não gosta do estilo, ficou constrangido. Mas, gostando ou não do estilo, deixemos o povo cantar. “Se for de Deus, prosperará; se não for de Deus, ...”

*****
Estão dizendo que o idealizador do programa foi o pastor Silas Malafaia, que teria “profetizado” que um dia estaria falando na TV Globo. Essa informação levou o pastor Vicente Sabbatino a declarar: “O profeta de nossa geração disse que um dia estaríamos na Globo. O Festival Promessas é apenas o primeiro ato de uma sinfonia de vitória”. Cada geração tem o profeta que merece? Bem, parece que alguns estão bem seguros de que só Jeová é Deus e Malafaia é seu profeta.

Fonte:Nota na Pauta

domingo, 18 de dezembro de 2011

Os Cães Vão para o Céu?Um Reflexão sobre Apocalipse 24:14-15



Uma vez alguém indagou a Elizabeth Marshall Thomas se haveria cães no céu. Ela respondeu afirmando que obviamente o céu teria cachorros, de outra forma não seria céu (DONIGER, 2007). Da mesma forma, o veterinário americano Robert T. Sharp escreveu, em 2005, um livro (ao qual não tive acesso) fazendo justamente essa pergunta: haverá cães no céu? Na universidade americana Seattle Pacific University, Kathleen Braden, uma professora de geografia, ensina um curso denominado “Haverá cães no céu?”, no qual ela explora as relações entre o homem e os animais, incluindo o estudo de tratados teológicos sobre a natureza dos animais, o relacionamento dos seres humanos com o sofrimento animal e os aspectos psicológicos de nosso relacionamento com nossos animais de estimação. Se isso lhe soa estranho, talvez seja nossa sisudez que nos impeça de apreciar a possibilidade de seres humanos e animais conviverem pacificamente em um ambiente celestial. De acordo com Bill Hall (1990), as pessoas raciocinam que, se houver cães no céu, também haverá ali gatos, camundongos e outros animais de estimação que poderão ser inconvenientes à fruição de gozo eterno. Talvez imaginem que será uma tentação dietética contemplar uma ave ou peixe, no céu, sem poder apreciá-los de uma forma mais epicurista do que o ambiente celestial permitirá.


De qualquer forma, minha família ficou profundamente impressionada, recentemente, quando ouviu um pregador anunciar, enfaticamente, que os cães não vão para o céu. Como muitas outras famílias cristãs, temos uma cadela (pinscher) em casa. Seu nome é Melanquita (“vestido preto”, em grego), e meus filhos adolescentes muito se afeiçoaram a ela. Ouvir, repentinamente, que os cães não vão para o céu causou-lhes grande decepção. Contudo, ao examinar o texto bíblico apresentado pelo pregador, confesso que não tive a mesma impressão que ele e estou convencido de que o mesmo não exclui os cachorros do céu. Trata-se de Ap 22:14-15: “Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras [no sangue do Cordeiro], para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas. Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.”


Não me sinto embaraçado ao me referir ao cachorro da família de forma afetuosa. Bainton (1957) comenta que Lutero, em várias passagens de sua obra Conversa à mesa (ou Colloquia mensalia, em latim), menciona seu cachorro Toelpel, ao qual ele parece ter estimado muito. Percebe-se pela fala de Lutero que ele esperava que os cães fossem para o céu. Ele chega mesmo a dizer que, no céu, os cães teriam pele de ouro e pêlo de prata. Além disso, ele os apresenta como modelos para a fidelidade e concentração cristãs: “Ah, se eu pudesse orar com a devoção com a qual meu cachorro observa um pedaço de carne” (Conversa à mesa, n. 274). Além disso, a ressurreição dos animais é uma doutrina solidamente estabelecida entre os mórmons. Segundo o autor mórmon Bruce R. McConkie (1962, p. 573-578), “nada é mais absolutamente universal do que a ressurreição; todo ser vivo há de participar dela: ‘como todos morreram em Adão, assim em Cristo todos serão vivificados’ (1 Co 15:22.)”.


São literais os cães de Ap 22:14-15?


O texto de Apocalipse definitivamente não se refere a cães literais. O contexto favorece a uma interpretação metafórica da passagem por duas razões principais. Em primeiro lugar, todos os outros elementos da lista apocalíptica dos excluídos da Nova Terra são figuras humanas culpadas de pecados graves: feiticeiros, prostituídos, homicidas, idólatras e mentirosos. Incluir um animal entre esses não faz sentido, pois os animais não são passíveis de cometer pecado. Em segundo lugar, o livro de Apocalipse apresenta, em 21:8, uma outra lista de impossibilitados à salvação que tampouco inclui animais: “quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre; o que é a segunda morte”.


Além disso, existem outros usos metafóricos dessa palavra nas Escrituras. Dt 23:18 fala do salário de uma prostituta e de um cão num contexto tão claramente simbólico que as traduções portuguesas nem mesmo retêm a palavra “cão”: “não trarás o salário da prostituta nem preço de um sodomita [ou cão] à casa do Senhor teu Deus por qualquer voto; porque ambos são igualmente abominação ao Senhor teu Deus.” O termo era, também, um insulto genérico (1 Sm 17:43; 24:14; 2 Re 8:13; Sl 22:17, 21; Isa 56:10-11; Mt 7:6), como ainda o é em nossos dias, ou uma expressão de humildade (2 Re 8:13). É, portanto, um contra-senso insistir que os cães encontram-se escatologicamente barrados de existir na Nova Terra.


Os cães de Apocalipse são os gentios?


As listas de vícios, pecados e tipos de pecadores eram comuns entre os filósofos moralizantes do mundo greco-romano. Luciano, em seu tratado intitulado Hermótimo 22, compara a virtude (aretē) a uma cidade da qual são excluídos todos os vícios. Nas Escrituras, Paulo é quem as utiliza com maior freqüência. O caso do livro de Apocalipse, que se baseia na tradição de Dt 18:9-14, é a única ocorrência conhecida de uma lista de vícios contendo a palavra “cães”. Por isso, tem sido prática comum interpretar o termo como uma referência a pessoas e não a animais. De fato, de acordo com Dídimo de Alexandria, os cristãos do século IV negavam a participação na comunhão aos não batizados com base no provérbio de Mt 7:6, que proibia que coisas sagradas fossem dadas aos “cães”. Será, contudo, que uma comparação entre o texto de Apocalipse e o evangelho de Mateus nos permitiria concluir que “cães”, figurativamente, são sempre os gentios?


Apesar de o evangelho de Mateus ter sido escrito primariamente para os judeus, há, nele, um número surpreendentemente alto de referências aos gentios. Como em alguns casos, Mateus os apresenta sob uma luz desfavorável, certos teólogos, como David Sims (1998, p. 215-256), por exemplo, têm suposto que o evangelho tem um tom anti-gentílico. Outros teólogos, como Hummel (1996, p. 36) e Bonnard (1982, p. 429-435), entendem que, quando os líderes judaicos, em Mateus, empregam a palavra “pecadores”, eles geralmente se referem aos gentios. Assim, a frase “publicanos e pecadores” deve ser compreendida como equivalente sintagmático de “publicanos e gentios”.


No entanto, é possível perceber inúmeras ocasiões em que Mateus apresenta os gentios com um olhar favorável: 8:5-13; 21:17-24; 27:54; etc. Para Smillie (2002, p. 74-96), Jesus aceita e adapta os estereótipos judaicos convencionais em relação aos pagãos como a quintessência da injustiça discursiva, procurando generalizar a fim de criar um contraste em relação ao qual Ele possa criar um novo comportamento ou atitude. Por essa razão, não me parece coerente supor que a referência de Jesus aos cães, na perícope da mulher cananéia (Mt 15:22-28), tenha como intenção outra coisa que não generalizar para contrastar e levar a uma mudança de atitude. Os leitores de Mateus, observando o relato através da máscara exclusivista do Judaísmo, devem perceber pela resposta da mulher e pela concessão de Jesus a sua súplica que necessitam adotar uma nova atitude em relação aos samaritanos e aos gentios em geral: uma atitude de tolerância. A mulher toma, sem pudores, o termo deliberadamente pejorativo de Jesus e o aplica a si mesma, ao dizer: “mas mesmo os cães”. Isso lhe ganha a bênção e, mais do que isso, um dos mais comoventes elogios feitos por Jesus nos evangelhos.


Fica claro, portanto, que, apesar de pejorativo, o uso do termo “cães” por Jesus em Mateus tem como objetivo provocar uma mudança de atitude em relação a uma classe discriminada. A situação criada por Jesus é o equivalente prático de sua declaração “ouviste o que foi dito... eu, porém vos digo”, usada por Ele com a mesma finalidade de transformar a compreensão de seus ouvintes em relação a conceitos que deveriam ser suplantados pelo amor cristão. Entretanto, o interesse principal deste artigo não é estabelecer todo o contexto em que a palavra “cães” se emprega em Mateus, mas simplesmente assinalar que os escritores neotestamentários estavam familiarizados com seu uso metafórico. Ou seja, em Mateus a palavra “cães” não se refere ao animal, mas aos gentios. Por outro lado, não podemos dizer que a ocorrência da palavra em Apocalipse tenha o mesmo referencial uma vez que percebemos que, em Mateus, a palavra foi enobrecida por Jesus. Depois do encontro da mulher cananéia com Jesus, os “cães” (= gentios) não são mais excluídos do banquete, mas passam a ter direito às migalhas. Por isso, os cães de Apocalipse não podem ser os gentios porque, ali, os cães continuam excluídos da salvação.


Quem são os cães de Apocalipse?


Ao analisar a passagem de Apocalipse, Robertson propõe, com base em Dt 23:18, que os “cães” são pessoas sexualmente impuras, uma vez que, segundo ele, os cães eram animais de rapina no Oriente e, por isso, eram ali desprezados. A mensagem do Apocalipse não representa, contudo, unicamente o pensamento oriental. João, é verdade, era judeu, mas escreveu em grego, na ilha de Patmos, uma prisão romana no coração do mundo grego. Por isso, pode-se buscar para a palavra “cães” um sentido mais próximo àquele empregado no mundo greco-romano. Se isso é verdade, o termo pode ter um sentido filosófico mais abrangente do que apenas o da imoralidade.


O mundo grego conheceu certos filósofos que se chamavam a si mesmos de cínicos, isto é, “caninos”, para enfatizar seu comportamento irrestritamente franco. Um dos mais famosos desses filósofos foi Diógenes de Sínope que, segundo Diógenes Laércio 6.54, era “um Sócrates enlouquecido”. Diógenes pregava a anaidéia, isto é, uma vida totalmente despojada de pudor. Outro renomado filósofo cínico foi Crates de Tebas (TORRES, 2001, p. 45-54). Sabemos, por intermédio de Apuleio (Floridum 14), que Diógenes de Sínope persuadiu Crates, no século IV a.C., a renunciar a sua fortuna. Crates passou, então, a se referir a sua antiga riqueza pela expressão “fardo de esterco” (onus stercoris). A decisão de Crates foi tão ofensiva a alguns que Clemente de Alexandria, em sua obra Quem é o homem rico que se salva?, declara que Crates o fez apenas porque queria se libertar do trabalho de ter que manter suas posses, preferindo o ócio das letras inúteis (hē scholē nekras sophias) e, portanto, não pelas razões sugeridas por Jesus em Mr 10:17-31. O mesmo Apuleio (Floridum 22) apresenta um Crates desnudo, ensinando suas doutrinas e carregando uma clava semelhante à de Hércules (seminudus et clava insignis). Além disso, Apuleio nos informa que Crates costumava copular com sua consorte Hiparque, em frente ao Pórtico Pintado, em plena ágora ateniense (Floridum 14).


O espírito de controvérsia associado aos cínicos teve enorme influência no pensamento greco-romano (LESKY, 1996, p. 672). A sinceridade destemperada desses filósofos teve repercussão negativa entre as demais escolas filosóficas e causou muita reação entre estóicos e epicureus. É, por essa razão, que os demais gregos passaram a se referir a eles como cínicos, isto é, “caninos”. O próprio Diógenes de Sínope, fundador dessa escola filosófica, aceitou o apelido de “Diógenes, o cão”. Não se deve menosprezar a influência dos sistemas filosóficos greco-romanos sobre o pensamento dos escritores neotestamentários que ora os aprovam e ora os rejeitam, a depender do teor de seu conteúdo (TORRES, 2006). Minha proposta é que os cães de Ap 22:14-15 sejam justamente as pessoas de comportamento aberrante que o mundo greco-romano havia se acostumado a chamar de cínicos (“caninos”). O apóstolo João pode estar simplesmente fazendo um alerta de que o comportamento espalhafatoso e abertamente ofensivo, a revolta pelo simples prazer da revolta, a crítica inamistosa e a imoralidade frívola, tudo isso pode impedir que o cristão, um dia, ingresse no paraíso escatológico a ele prometido pelas Escrituras.


Além disso, ao contrário do que pode ter acontecido no Oriente (se é que a afirmação de Robertson de que os orientais desprezavam os cães é verdadeira), os gregos e os romanos tinham grande proximidade com seus cães de estimação. Desde a referência ao famoso cão Argos, pertencente a Ulisses, na Odisséia, até as inúmeras estelas funerárias gregas que costumeiramente incluíam as figuras dos cães ao lado dos donos falecidos, evidências abundam de que o mundo greco-romano amava esses animais. Aliás, não se pode dizer que o termo “cínico” era pejorativo. Pelo contrário, ele pode ter até contribuído para a aceitação desses filósofos que voluntariamente usavam o epíteto de “cães” para chamar a si mesmos.


Em sua epístola aos efésios (7.1), Inácio interpreta os “cães” de Apocalipse como sendo “aqueles que rejeitam a verdade e se endurecem contra a graça”. Não poderia haver uma descrição mais precisa dos cínicos de sua época: homens obstinados, que rejeitavam as tradições e a razão, com o firme propósito de se oporem à sociedade em que viviam. Talvez seja, por isso, que Jesus hesite em deixar que o evangelho seja levado a pessoas assim (Mr 7:6). Dessa forma, a majestade do evangelho não pode ser vilipendiada pela hostilidade daqueles que se opõem a tudo que existe no mundo, seja no campo material ou no espiritual. Obviamente, não posso provar que a referência a “cães” no Novo Testamento tenha como única referência os cínicos. É certo que, nos evangelhos, o termo se refira mesmo aos gentios. Entretanto, quero sugerir que a expressão apocalíptica tenha essa acepção principal. Há indícios de que o cinismo tenha florescido de maneira mais intensa sob a dinastia flaviana. Ora, Domiciano, sob quem João foi condenado a Patmos, foi um dos mais conhecidos imperadores dessa dinastia.


Haverá, então, animais no céu?


O manuscrito 4Q394, encontrado, em Qumran, no Mar Morto, nos dá uma pista por que os judeus antigos, contrariamente às práticas do Ocidente, pareciam avessos à presença de cães em Jerusalém. O manuscrito traz uma proibição quanto à manutenção de cachorros nas imediações do templo, porque estes insistiam em desenterrar os ossos dos animais ali sacrificados. Da mesma forma, o livro apócrifo conhecido como Atos de André também sugere que os primeiros cristãos tinham uma atitude ambivalente para com os cães, pois essa obra nos informa que alguns cristãos acreditavam ser o cachorro um animal cuja forma o diabo gostava de assumir. Apesar dessas considerações negativas, não há nada que nos sugira que a ocorrência da palavra “cães” no Apocalipse deva ser interpretada literalmente. Além disso, o Antigo Testamento fala abundantemente da existência de animais na Nova Terra. A passagem mais famosa nesse contexto é Is 65:25: “o lobo e o cordeiro se apascentarão juntos, e o leão comerá palha como o boi; e pó será a comida da serpente. Não farão mal nem dano algum em todo o meu santo monte, diz o Senhor”. O texto é uma repetição ligeiramente alterada de Is 11:6: “e morará o lobo com o cordeiro, e o leopardo com o cabrito se deitará, e o bezerro, e o filho de leão e o animal cevado andarão juntos, e um menino pequeno os guiará”. A passagem é, no entanto, aplicável primariamente ao antigo Israel e não à Igreja atual. Entretanto, como a maioria das profecias do Antigo Testamento é reaplicável à Igreja, pode-se imaginar que haverá animais na Nova Terra.


O reverendo Richard Phillips, pastor da primeira Igreja Presbiteriana Coral Springs, em Margate, na Flórida, responde a pergunta “haverá cães no céu?” com a seguinte afirmação: “provavelmente haverá, mas não o seu cachorro”. O que ele quer dizer é que, na reacriação da natureza, provavelmente Deus embelezará nosso planeta com espécies animais e vegetais, como o livro de Gênesis relata que Ele fizera na semana da criação. No entanto, não podemos estar certos de que isso se dará por meio da ressurreição dos animais que antes existiram na Terra. Pode ser que Deus simplesmente decida criar novos animais para essa finalidade.


Conclusão


A autora adventista Ellen White não fala muito sobre “cães”. Nas vezes em que a expressão ocorre em seus livros, esta se refere principalmente aos gentios de Mt 7:6 ou 15:22-28. Entretanto, no contexto da educação dos filhos, Ellen White (OC, p. 251) nos lembra que crianças não são como cães ou cavalos aos quais podemos dar ordens indiscriminadamente. Isso talvez seja útil para nos lembrar que o inverso também é verdadeiro. Por mais que amemos a esses animais, devemos sempre nos lembrar que eles não são crianças e, portanto, não devem ter a prioridade em assuntos domésticos.


Rudyard Kipling escreveu um poema no qual afirma que se pudesse dar a Jesus um único presente, dar-lhe-ia um cão. Mark Twain disse, por sua vez, que, se não há cães no céu, ele preferiria ir aonde eles foram. Esses são, obviamente, exageros. Não há que se chegar a tanto. Porém, talvez seja importante para nossa sensibilidade pós-moderna saber que a Bíblia não descarta a possibilidade de que haja cães na Nova Terra. De qualquer forma, ainda que não haja cães no céu, eles estarão lá, pois os levaremos conosco em nosso coração.

Fonte: A Bíblia e a Ciência

sábado, 17 de dezembro de 2011

Haverá oportunidade de salvação para algumas pessoas após o fechamento da porta da graça?




A teoria de que o acesso à salvação continuará disponível para algumas pessoas após o fechamento da porta da graça deriva de uma leitura descontextualizada de uma declaração de Ellen G. White escrita originalmente em 1903. Identificando “as terríveis calamidades” que já ocorriam nos Estados Unidos como manifestações dos “juízos de Deus” na Terra, a Sra. White 
asseverou: “Muitos que conheceram a verdade corromperam seu caminho diante de Deus e afastaram-se da fé. Os lugares vagos nas fileiras serão preenchidos pelos que foram representados por Cristo como tendo chegado na hora undécima. Há muitos com quem o Espírito de Deus está lutando. O tempo dos juízos destruidores da parte de Deus é o tempo de misericórdia para aqueles que [agora] não têm oportunidade de aprender o que é a verdade. O Senhor olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar, enquanto a porta é fechada para os que não querem entrar. Será admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez.” – Carta 103, de 3 de junho de 1903 (para G. B. Starr e esposa); 
publicada parcialmente em Eventos Finais, pág. 157. 
Após o Terremoto de São Francisco, ocorrido no dia 18 de abril de 1906, parte da declaração anterior foi publicada em um artigo de Ellen White intitulado “Os Juízos de Deus Sobre Nossas Cidades” (ver Review and Herald, 5 de julho de 1906, pág. 9). O conteúdo básico da mesma citação apareceu também no capítulo “A Obra Atual” de Testimonies for the Church, vol. 9, pág. 97 (republicado em Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 333). 
Em novembro de 1906, a Sra. White acrescentou: “O tempo de graça não durará muito mais. Deus está retirando da Terra Sua mão refreadora. Por longo tempo Ele tem falado a homens e mulheres mediante a atuação de Seu Espírito Santo; mas eles não têm atendido ao apelo. Agora está falando a Seu povo e ao mundo por meio de Seus juízos. O tempo desses juízos é um tempo de misericórdia para os que ainda não tiveram a oportunidade de aprender o que é a verdade. O Senhor olhará para eles com ternura. Seu coração compassivo se enternece, e a mão do Senhor ainda está estendida para salvar. No aprisco seguro será admitido um grande número de pessoas que nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez.” – Review and Herald, 22 de novembro de 1906, págs. 19 e 20; republicado em E Recebereis Poder (Meditações Matinais 1999), pág. 159. 
Tanto o contexto quanto o conteúdo dessas declarações confirmam o fato de que Ellen White estava se referindo a calamidades que ocorriam já no início de século 20 como manifestações presentes dos juízos divinos sobre um mundo prestes a ser destruído. Mesmo antes do fechamento da porta da graça para o mundo como um todo, essa porta já começa a se fechar para aqueles que tiveram a oportunidade de conhecer a verdade, mas que “não 
querem entrar”. O lugar desses é tomado por aqueles que, não tendo conhecimento prévio da verdade, “nestes últimos dias ouvirem a verdade pela primeira vez” e a aceitarem. 
Essas declarações de Ellen White parecem combinar, em certo sentido, a noção dos convidados para as bodas que se demonstraram indignos (ver Mat. 22:1-14) com a analogia da aceitação, ainda na hora undécima, de novos trabalhadores para a vinha (ver Mat. 20:1-16). A ênfase da discussão pode ser resumida na advertência de Apocalipse 3:11: 
“Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa”. 
Por contraste, a tentativa de identificar os “juízos” mencionados nessas citações de Ellen White com as sete últimas pragas do Apocalipse (caps. 15 e 16) acaba, não apenas descontextualizando essas declarações, mas também sugerindo a falsa teoria de que pessoas ainda poderão ser salvas após Cristo já haver concluído a Sua obra mediatória no santuário 
celestial (ver Apoc. 15:5-8). 
É evidente, portanto, que, se alguém ainda terá acesso à salvação durantes os juízos divinos, esses juízos devem se referir a juízos anteriores ao fechamento da porta da graça. Além disso, se durante os mesmos juízos algumas pessoas já terão a sua porta da graça fechada, isso não se refere ao fechamento final dessa porta para o mundo todo, mas apenas em âmbito 
individual para aqueles que, resistindo aos apelos do Espírito Santo, fecham para si mesmo essa porta (ver Mat. 12:31 e 32).

Texto de Alberto R. Timm (publicado na Revista do Ancião 
em janeiro - março 2005)

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Hipócritas no amor



Hipocrisia: pecado que, em sua raiz etimológica, tem o sentido de “alguém que desempenha um papel”. Ou seja, hipocrisia tem a ver com fingimento, teatralidade, mentira, falsidade. É quando vocé finge ser, sentir ou pensar algo que não condiz com a realidade. Ocorre que, em minhas leituras bíblicas, descobri, inesperadamente, que as Escrituras dão importância, embora muitos não saibam, a um pecado pouco falado que é a hipocrisia no amor.
Quando falamos de amor, é preciso que haja pelo menos dois participantes: o que ama e o que é amado. Isso em qualquer instância: amor entre homem e mulher, pai e filho, Deus e o homem. Então, se as Escrituras nos advertem sobre hipocrisia no amor, isso significa que há a possibilidade de ou o ser que demonstra amor ou o ser que recebe esse amor não estar sendo 100% sincero na realização desse sentimento. Foi quando me deparei com Romanos 12:9, onde Paulo, num contexto que fala sobre a racionalidade do cristão, ordena: “O amor seja sem hipocrisia”.
Nunca tinha reparado com atenção nessa ordenança: “O amor seja sem hipocrisia”.
E o apóstolo do Senhor é tão rigoroso nessa questão que compara o amor hipócrita a um mal que deve ser “detestado”. Tanto que a sequência do versículo estabelece: “Detestai o mal, apegando-vos ao bem”. Ou seja, aos olhos do apóstolo que, cremos, falou inspirado pelo Espirito Santo, fingimento numa relação amorosa é algo definitivamente detestável aos olhos do Senhor.
Fato é que muitos de nós vivem suas vidas amorosas de forma bastante hipócrita. E nao estou falando de adultério, mas de hipocrisia numa relação legítima. E isso em diversos âmbitos. Tive uma colega de trabalho que mentia ao marido sobre quanto dinheiro gastava por mês. Já aconselhei na igreja pessoas que simulavam orgasmos para agradar o cônjuge em vidas sexuais frustradas. Sei de casos de cristãos que mantém relações íntimas com seus cônjuges imaginando estar com outras pessoas. Conheço jovens moças de igreja que namoram rapazes só porque eles têm dinheiro, carro do ano e lhes oferecem outras vantagens materiais. Existem casais cristãos que vivem juntos sem expor com sinceridade plena aquilo que sentem e pensam. E há, até, quem se case sem amor porque… bem, para ser honesto, nem sei por quê.
“O amor seja sem hipocrisia” é mandamento do Senhor. Seja em que âmbito for. Não ame a Deus com subterfúgios. Não finja que ama quem não ama para que isso te gere benefícios financeiros. “O amor seja sem hipocrisia” significa, na prática, que o amor deve ser sem fingimentos. Deve ser franco. Transparente em todos os sentidos. Se houver problemas, que se busque o diálogo aberto e a oração. A tônica da sinceridade em um relacionamento amoroso segundo os padrões de Cristo é: ”Amado meu, o que o ocorre é isso, isso e isso. Vamos trabalhar juntos para que não haja nenhum fingimento em nossa relação?”. Caso contrário, se você persistir na teatralidade, estará persistindo naquilo que Deus detesta. É o que tenho tentado viver em plenitude na minha vida depois que esse trecho da Bíblia caiu na minha cabeça como uma bigorna.
“O amor seja sem hipocrisia”. Uau. Que mandamento.
Geralmente, quando pensamos em algo detestável aos olhos de Deus no âmbito da relação a dois entre homem e mulher, só o que nos vem à cabeça é o sexo fora do casamento e a traição. Será? Pois, se eu ou você trazemos a hipocrisia para dentro de uma relação de amor, diz Paulo, também estamos fazendo algo que, assim como todos os demais deslizes relativos a essa área de nossa vida, é biblicamente detestável.
Adultério, fornicação ou hipocrisia no amor… será mesmo que algum desses pecados é pior do que o outro?
Paz a todos vocês que estão em Cristo.

Maurício Zágari - Apenas

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

10 dicas para viver mais e com saúde.


Pratique essas dicas e seja feliz!


1- Faça pelo menos 3 refeições (café da manhã, almoço e jantar) e 2 lanches saudáveis por dia. Não pule as refeições. 


2- Inclua diariamente 6 porções do grupo do cereais(arroz, milho, trigo pães e massas), tubérculos como as batatas e raízes como a mandioca/macaxeira/aipim nas refeições. Dê preferência aos grãos integrais e aos alimentos na sua forma mais natural. 


3- Coma diariamente pelo menos 3 porções de legumes e verduras como par te das refeições e 3 porções ou mais de frutas nas sobremesas e lanches. 


4- Coma feijão com arroz todos os dias ou , pelo menos, 5 vezes por semana. Esse prato brasileiro é uma combinação completa de proteínas e bom para a saúde. 


5- Consuma diariamente 3 porções de leite e derivados e 1 porção de carnes, aves, peixes ou ovos. Retirar a gordura aparente das carnes e a pele das aves antes da preparação torna esses alimentos mais saudáveis! 


6- Consuma, no máximo, 1 porção por dia de óleos vegetais, azeite, manteiga ou margarina. Fique atento aos rótulos dos alimentos e escolha aqueles com menores quantidades de gorduras trans. 


7- Evite refrigerantes e sucos industrializados, bolos, biscoitos doces e recheados, sobremesas doces e outras guloseimas como regra da alimentação. 


8- Diminua a quantidade de sal na comida e retire o saleiro da mesa. Evite consumir alimentos industrializados com muito sal (sódio) como hambúrguer , charque, salsicha, lingüiça, presunto, salgadinhos, conservas de vegetais, sopas, molhos e temperos prontos. 


9- Beba pelo menos 2 litros (6 a 8 copos) de água por dia. Dê preferência ao consumo de água nos intervalos das refeições. 


10-Torne sua vida mais saudável. Pratique pelo menos 30 minutos de atividade física todos os dias e evite as bebidas alcoólicas e o fumo. Mantenha o peso dentro de limites saudáveis. 


Fonte: Sistema Conselhos Federal e Regionais de Nutricionistas

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Serão salvas as crianças que morreram antes de atingirem a idade da razão?



A possibilidade dessas crianças serem salvas parece, à primeira vista, descartada pelas afirmações de que “quem crer e for batizado será salvo; quem, porém, não crer será condenado” (Mar. 16:16), e que, para crer, é necessário entender o evangelho (Rom. 10:12-15). Na tentativa de resolver esse dilema, a Igreja Católica e mesmo alguns reformadores (inclusive Lutero) argumentavam que Deus concede o “dom” da fé a um bebê que for batizado, sendo assim salvo da culpa do “pecado original” de Adão. Mas essa proposta é inaceitável, pois as Escrituras ensinam que os seres humanos herdam apenas a natureza pecaminosa, sem que lhes seja atribuída a “culpa” do pecado de Adão. Além disso, a Bíblia não recomenda a prática do batismo infantil nem reconhece o caráter sacramental desse rito.


No entanto, a experiência do ladrão que se converteu na cruz (Luc. 23:39-43) confirma que entre os remidos estarão pessoas que não tiveram condições de ser batizadas. Nessa categoria estão as crianças que morreram antes de atingirem a idade ideal para o batismo. A salvação das crianças é uma questão que transcende à mera questão do batismo. Se os pecadores são justificados unicamente pela fé em Cristo (Rom. 5:1 e 2; cf. João 14:6), como pode uma
criança que não exerceu conscientemente tal fé ser justificada para a salvação?
As declarações de Ellen G. White nos livros Mensagens Escolhidas, vol.2, págs. 259 e 260 (tópico “As Crianças na Ressurreição”); ibid., vol. 3, págs. 313-316 (capítulo “Perguntas a Respeito dos Salvos”); e Eventos Finais, págs. 253 e 254 (tópico “A Salvação de Criancinhas e de Imbecis”) revelam pelo menos três conceitos fundamentais sobre a salvação de crianças que morreram em tenra idade. Um deles é que os filhos de pais crentes serão salvos, pois a fé dos pais é extensiva aos filhos que ainda não atingiram a idade da razão. É-nos assegurado
que “a fé dos pais que crêem protege os filhos, como sucedeu quando Deus enviou Seus juízos sobre os primogênitos dos egípcios” (Mensagens Escolhidas, vol. 3, pág. 314). Os pais crentes podem ter a certeza de que esses pequeninos lhes serão devolvidos na gloriosa manhã da ressurreição. “Ao surgirem os pequenos, imortais, de seu leito poento, imediatamente seguirão caminho, voando, para os braços maternos. Reencontrar-se-ão, para nunca mais se
separarem“ (ibid., vol. 2, pág. 260)
Outro conceito fundamental é que no céu estarão também criancinhas cujos pais não serão salvos, e que elas serão cuidadas pelos próprios anjos até atingirem a estatura necessária para se manterem sozinhas. Ellen White declara que “muitos dos pequeninos, porém, não terão mãe ali. Em vão nos pomos à escuta do arrebatador cântico de triunfo por parte da mãe. Os anjos acolherão os pequeninos sem mãe e os conduzirão para junto da árvore da vida” (ibid.). Em contraste com a fé dos pais crentes que é extensiva aos filhos em tenra idade, não existe qualquer possibilidade de os pais incrédulos protegerem seus filhos desta forma. A salvação de tais crianças é, por conseguinte, um ato exclusivo da graça de Deus, a respeito do qual não é apropriado conjecturar. 
Um terceiro conceito fundamental é que “não podemos dizer se todos os filhos de pais descrentes serão salvos, porque Deus não tornou conhecido o Seu propósito a respeito desse assunto” (ibid., vol. 3, pág. 315). 
Ellen White esclarece também que, por ocasião da primeira ressurreição, “todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram”, e que, durante o milênio, “os remidos crescerão até à estatura completa da raça em sua glória primitiva” (O Grande Conflito, págs. 644-645). Como, então, Ellen White pôde ver, em sua primeira visão, a presença de crianças ainda na nova terra (ver Primeiros Escritos, pág. 19)? É provável que as cenas dessa visão tenham sido descritas tematicamente em Primeiros Escritos, sem a mesma precisão cronológica que caracteriza o conteúdo de O Grande Conflito. 
Portanto, entre os salvos estarão os filhos que morreram em tenra idade cujos pais se salvarão, bem como outras criancinhas cujos pais se perderão. 
Durante o milênio essas crianças, juntamente com os demais remidos, crescerão até tingirem a estatura original da raça humana. 
Texto de Alberto R. Timm (publicado na Revista do Ancião out-dez 2006).