sábado, 25 de junho de 2011

Como vamos perdoar?


Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13

 Talvez você esteja familiarizado com a história de Corrie Ten Boom, uma cristã holandesa sobrevivente do holocausto da Segunda Guerra. Depois de arriscar a vida escondendo muitos judeus, ela foi denunciada e entregue aos nazistas, juntamente com a irmã Betsie, que mais tarde veio a falecer no campo de concentração. Corrie foi libertada no dia de Natal de 1944. Num de seus livros, ela conta que vários anos depois da guerra, pregava num culto em Munique, e reconheceu um homem, ex-oficial nazista, que no campo de concentração ficava tomando conta do banheiro das mulheres. Imediatamente vieram-lhe à mente imagens de humilhação e vergonha.

Ela escreve: “Depois do culto, enquanto cumprimentava todos à saída, ele veio para mim sorridente, me cumprimentando: ‘Que boa foi sua mensagem. E pensar como você falou, que Jesus lavou todos os meus pecados.’ E estendeu a mão para me cumprimentar. Eu que pregara tantas vezes ao povo da cidade sobre a necessidade de perdoar, não estendi a mão. Pensamentos de vingança fervilharam em minha mente, porque via os pecados dele. Jesus tinha morrido por aquele homem, será que eu iria pedir mais? Senhor, eu orei, perdoa-me e ajuda-me a perdoá-lo. Tentei sorrir, mas não queria estender a mão. Não sentia o mínimo desejo de cumprimentá-lo.”

Ela orou novamente e disse, então, que, ao estender a mão, parecia que desde o ombro, passando pelo braço e a mão, parecia haver uma corrente entre os dois.

Quantos de nós querem o perdão de Deus? No entanto, quantos estamos desejosos de perdoar? A mutualidade está no coração do perdão. É como se Jesus estivesse dizendo: “Não dá para pensar que uma pessoa perdoada se recuse a perdoar as outras.”

Perdoar tem seu custo. Deus teve que dar Seu Filho para cobrir a dívida que o pecado causou; mas, se perdoar é custoso, mais custoso ainda é não perdoar.

 Um momento de crueldade está no passado. Podemos escolher ficar amarrados a ele, ou nos libertarmos dele.

Corrie Ten Boon termina o relato do incidente dizendo: “E assim eu descobri que não é em torno de nosso perdão que gira a cura do mundo, mas em torno de Seu perdão, quando Ele pede que perdoemos os nossos inimigos.”

“Aquele que não perdoa, obstrui o próprio conduto pelo qual, unicamente, pode receber misericórdia de Deus” (Ellen G. White, O Maior Discurso de Cristo, p. 113).

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