quinta-feira, 16 de junho de 2011

Doenças e morte: o verdadeiro mal que a TV causa


Venhamos e convenhamos, ninguém nunca afirmou que ver TV era saudável. Porém, só agora os médicos descobriram o quão ruim pode ser.
Dados de oito estudos recentes sugerem que, quanto mais você assiste TV, mais propenso fica a desenvolver uma série de problemas de saúde, e mais chances têm de morrer mais cedo.
Os estudos incluíram mais de 175.000 pessoas em todo o mundo e, geralmente, duraram entre 6 e 10 anos. Embora a concepção de cada estudo seja um pouco diferente, a maioria controlou uma longa lista de fatores de saúde (como o índice de massa corporal, níveis de colesterol e histórico familiar) em um esforço de identificar o efeito de assistir TV.
Segundo os pesquisadores, para cada duas horas adicionais que as pessoas passam coladas na TV em um dia típico, o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta em 20%, e o risco de doença cardíaca aumenta em 15%. E para cada três horas adicionais, o risco de morrer por qualquer causa salta para 13%, em média.
Segundo o cardiologista Stephen Kopecky, que não participou do estudo, o aumento do risco de doenças ligadas a assistir televisão é semelhante ao que você vê com colesterol alto, pressão arterial ou tabagismo. “A nova análise eleva a importância do estilo de vida sedentário como um fator de risco”, afirma.
Em todo o mundo, assistir televisão é uma das atividades que levam mais tempo, comparáveis a trabalhar e dormir. Os cientistas dizem que, não importa em que momento da vida você esteja, seja velho ou jovem, ver muita TV não é bom.
A conexão entre a TV e doenças não é um mistério. Assistir TV consome tempo de lazer que poderia ser gasto andando, fazendo exercícios, ou mesmo apenas se movimentando. Também tem sido associado a dietas pouco saudáveis, como muito açúcar, refrigerantes, alimentos processados e petiscos (que, talvez não por coincidência, são alimentos frequentemente encontrados em comerciais de televisão).
Além disso, alguns estudos sugerem que a postura sentada prolongada, além de seu impacto sobre os hábitos alimentares e exercício físico, pode causar mudanças no metabolismo que contribuem para níveis de mau colesterol e obesidade.
“É a síndrome do ‘batata de sofá’”, dizem os pesquisadores. “Essas pessoas são extremamente sedentárias, passam várias horas em um sofá assistindo TV, são muito passivas e seu gasto energético é muito baixo, mesmo comparado com outros comportamentos sedentários como sentar e ler, ou sentar enquanto dirige”, explicam.
Os cientistas falam que, hoje, os médicos podem não perceber um aumento dramático de doenças e morte como resultado de assistir TV em excesso, mas o efeito cumulativo pode ter um impacto importante na saúde pública a longo prazo.
 
Fonte: A Grande Controvérsia

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