terça-feira, 6 de setembro de 2011

Os dois caminhos



O texto a seguir foi retirado do livro “Mensagem aos Jovens”, p. 126-128.
“Os que viajam pelo caminho estreito, conversam a respeito da alegria e felicidade que terão no fim da viagem. Seus rostos muitas vezes estão tristes, e, todavia, brilham freqüentemente com piedosa e santa alegria. Não se vestem como a multidão do caminho largo, nem falam como eles, nem agem como eles. Um Modelo lhes foi dado. Um Homem de dores, e experimentado nos trabalhos, abriu-lhes aquele caminho, e por ele viajou. Seus seguidores vêem Seus rastos, e ficam consolados e animados. Ele o percorreu em segurança; assim também poderão fazer os da multidão, se acompanharem as Suas pegadas.
O Caminho Largo
Na estrada larga todos estão preocupados com sua pessoa, suas vestes, seus prazeres, pelo caminho. Dão-se livremente à hilaridade e à diversão, e não pensam no termo de sua viagem e na destruição certa no fim do caminho. Cada dia se aproximam mais de sua destruição; contudo, loucamente se jogam, mais e mais depressa. Oh! quão terrível isto me parecia!
Vi muitos viajando na estrada larga, os quais tinham sobre si escritas estas palavras: “Morto para o mundo. O fim de todas as coisas está próximo. Estai vós também prontos.” Pareciam precisamente iguais a todas aquelas pessoas frívolas que em redor se achavam, com a diferença única de uma sombra de tristeza que lhes notei no rosto. Sua conversa era perfeitamente igual à daqueles que, divertidos e imprudentes, se encontravam em redor; mas de quando em quando mostravam com grande satisfação as letras sobre as suas vestes, convidando outros a terem as mesmas sobre si. Estavam no caminho largo, e, no entanto, professavam pertencer ao número dos que viajavam no caminho estreito. Os que estavam em redor deles diziam: “Não há distinção entre nós. Somos iguais; vestimos, falamos e procedemos semelhantemente.”
Foi-me mostrada a conformidade de alguns professos observadores do sábado para com o mundo. Oh! vi que era uma desgraça à sua profissão, uma desgraça à causa de Deus. Desmentem sua profissão. Julgam que não são como o mundo, mas dele tanto se aproximam no vestuário, na conversação ou nos atos, que não há diferença. Vi-os adornando seu pobre corpo mortal, que há de ser tocado em qualquer momento pelo dedo de Deus e prostrado sobre o leito de dor. Oh! então, ao aproximar-se seu último momento, mortal angústia lhes oprime o corpo, e a grande pergunta será: “Estou preparado para morrer, comparecer diante de Deus no juízo, e subsistir na grande revista?”
Perguntai-lhes então como se sentem quanto ao adorno do corpo, e se têm alguma idéia do que é estar preparado para comparecer perante Deus, e vos dirão que se somente pudessem voltar a viver de novo o passado, corrigiriam a vida, evitariam as loucuras do mundo, sua vaidade e orgulho; e adornariam o corpo com roupas modestas, dando assim um exemplo aos que os rodeiam. Viveriam para a glória de Deus.
Por que é tão difícil viver uma vida abnegada, humilde? Porque os professos cristãos não estão mortos para o mundo. É fácil viver depois de estarmos mortos.
Mas há muitos que desejam os alhos e as cebolas do Egito. Inclinam-se a vestir e proceder o mais semelhante ao mundo possível, e todavia querem ir para o Céu. Esses sobem por outro caminho. Não entram pela porta estreita e pelo apertado caminho. …
Tais pessoas não terão desculpa. Muitos se vestem em conformidade com o mundo, a fim de terem influência. Cometem, porém, nisto, um erro lamentável e fatal. Se quiserem exercer verdadeira e salvadora influência, vivam segundo sua profissão de fé, mostrem essa fé pelas obras de justiça, e tornem grande a distinção entre os cristãos e o mundo. Vi que as palavras, o vestuário e as ações devem falar em favor de Deus. Então, difundir-se-á por todos uma santa influência, e todos conhecerão, vendo-os, que estiveram com Jesus. Os incrédulos verão que a verdade que professamos tem uma santa influência, e que a fé na vinda de Cristo afeta o caráter do homem ou da mulher. Se alguém deseja que sua influência fale em favor da verdade, viva segundo esta, imitando assim o humilde Exemplo.”

Fonte:Bíblia e a Ciência

Deus se arrepende como nós?


Se o arrependimento é derivado de um ato mau e Deus conhece o fim desde o princípio, como explicar o fato de Deus haver Se arrependido (Gênesis 6:6 e 7)? A mesma palavra “arrependimento” (derivada do latim repoenitere) é usada nas traduções da Bíblia para designar tanto comportamentos humanos como atitudes divinas que são distintos em natureza, e que foram expressos por palavras diferentes nas línguas originais das Escrituras. O genuíno arrependimento humano para a salvação é descrito pelos termos hebraico shubh e gregos metanoeo (verbo) e metanoia (substantivo), que denotam uma mudança de mente, envolvendo tristeza, completo abandono do pecado e um sincero retorno a Deus. Já o arrependimento divino é expresso através das palavras hebraica naham e grega metamelomai, que não sugerem qualquer mudança intrínseca na mente de Deus, “em quem não pode existir variação ou sombra de mudança” (Tiago 1:17), mas apenas uma alteração em Sua atitude para as criaturas. Essa alteração é decorrente de uma mudança radical no comportamento humano, que acaba impedindo o recebimento por parte dos seres humanos de uma bênção divina que lhes fora prometida ou de um castigo divino que lhes deveria sobrevir. O próprio Deus advertiu o Seu povo da condicionalidade de Suas bênçãos e de Seus castigos em Jeremias 18:7-10: “No momento em que Eu falar acerca de uma nação ou de um reino para o arrancar, derribar e destruir, se tal nação se converter da maldade contra a qual Eu falei, também Eu me arrependerei do mal que pensava em fazer-lhe. E, no momento em que um falar acerca de uma nação ou de um reino para o edificar e plantar, se ele fizer o que é mal perante Mim e não der ouvidos à Minha voz, então, Me arrependerei do bem que houvera dito lhe faria.” Esse princípio é claramente ilustrado na experiência dos antediluvianos e dos ninivitas. Em Gênesis 6:6 e 7 é dito que Deus “Se arrependeu” de ter criado a raça humana, não porque Ele houvesse mudado, mas porque os antediluvianos se haviam degenerado a tal ponto que a única solução para eles seria a sua destruição (ver Gênesis 6:5). Por semelhante modo, Jonas 3:10 diz que “Deus Se arrependeu do mal que tinha dito” trazer aos ninivitas não porque Ele houvesse mudado, mas porque estes se converteram completamente de seus maus caminhos (ver Jonas 3:5-9). Por outro lado, quando a Bíblia diz que Deus não é homem para que Se arrependa (ver Números 23:19; I Samuel 15:29; Salmo 110:4; Hebreus 6:17), ela está descartando a possibilidade de haver qualquer mudança intrínseca na pessoa de Deus, que O levasse a ser injusto e desleal em Seu relacionamento com os seres humanos (ver Deuteronômio 7:9 e 10). Em outras palavras, Deus é fiel e justo, e jamais deixará de recompensar as boas ações e de punir os maus atos, bem como de reconhecer todas as possíveis mudanças no comportamento humano.


Fonte: Dr. Alberto R. Timm, Revista Sinais dos Tempos, abril de 1998. Edição e revisão ortográfica por Hendrickson Rogers.


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Fonte:
Hendrickson Rogers