(adaptado do texto do Pr. Márlon Hüther Antunes)
“Bom é render graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo, anunciar de manhã a tua benignidade, e à noite a tua fidelidade”
(Salmos 92:1-2)
As vésperas de mais um Natal, as pessoas correm freneticamente para os últimos preparativos da ceia, compram presentes, reúnem familiares e amigos; uma festa para se gastar o que durante o ano todo não se gastou, afinal é natal! Os sentimentos de amor, perdão e bondade das pessoas afloram nestes dias, logo serão esquecidos, uma vez que, restarão só sobras, ressaca, dívidas do cartão de crédito, vazio porque todos já se foram. Assim, o ano novo trará o anonimato da rotina. Pessoas perceberão o quanto estão a sós, enganadas, maculando algo. Então, mais um natal comprovou sua rotina, sem novidades, um desencanto.
Se forem levados em conta apenas estes fatos, então é verdade que o Natal é uma festa injusta, e também, Deus é injusto, pois enquanto alguns recebem os presentes mais doces, outros amargam mesa sem ceia, árvore sem luz e os embrulhos com outros presentes desagradáveis que a vida oferece. O que dizer daqueles que passam num leito hospitalar, longe da família, sem condições financeiras para presentear? Será uma festa injusta, se fundamentarmos o que o papai Noel tem a oferecer, e o pressuposto que ele se utiliza: “Só aos que foram bonzinhos”.
Ainda bem que o Natal não é só isso! Natal não pode ser comprado nem merecido, e se presentes são dados e recebidos, antes de tudo lembram que Deus na sua justiça e misericórdia presenteou a todos, com uma roupagem e maneira simples, nada de shoppings ou mesa farta, mas na simplicidade de uma manjedoura, no nascimento do Emanuel – Deus conosco.
Natal tornou-se vazio, porque ninguém quer parar um pouco, deveria ser antes de tudo um tempo de reflexão, mas quem quer diminuir o ritmo, olhar para sua realidade? Sem a simplicidade de uma criança não há como viver o verdadeiro encanto do Natal, afinal: “quem não receber o reino de Deus como uma criança de maneira alguma entrará nele” (Lucas 18.17). Através de uma criança Deus enviou o verdadeiro e real presente, útil não só num mês do ano, mas permanente por toda a vida e mais decisivo no final dela.
O Natal pode ser injusto, quando olhamos para nós e vemos que mesmo assim, Deus se compadeceu de todos se presenteando, independente daqueles que podem ter um Natal gordo ou mesmo aparentemente miserável; Será loucura para alguns, salvação para outros (1ª Coríntios 1.18). Todos podem celebrar o mesmo sentido, receber o mesmo presente! Injusto? Injusto é receber um presente e deixá-lo jogado embaixo da árvore de Natal, ignorado, petrificado como o menino Jesus no presépio, guardado em caixas durante o ano! Natal é Deus conosco, tempo de agradecer, tempo de louvar! Feliz Natal!
Fonte:Bíblia e a Ciência
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