No cerimonial religioso hebreu, a “Festa da Lua Nova” ocorria no início de “cada mês”, sendo celebrada “todos os meses do ano” (Nm 28:11 e 14). Como ocasião especial de adoração (Ez 46:1-8), nesse dia tocavam-se as trombetas sagradas e ofereciam-se “holocaustos” e “ofertas de manjares” ao Senhor (Nm 10:10; 28:11-15; Sl 81:3); o povo abstinha-se de atividades comerciais e seculares (Am 8:5); realizavam-se também banquetes especiais (1Sm 20:5, 18, 24, 27 e 34); e pelo menos algumas pessoas costumavam visitar os profetas (2Rs 4:22 e 23).
O Antigo Testamento emprega, de forma simultânea, as expressões “sábados”, “Festas da Lua Nova” e “festas fixas” (1Cr 23:31; 2Cr 2:4; 8:13; 31:3; Ne 10:33; Is 1:13 e 14). Em Isaías 1:1015 é mencionado o hipócrita culto pré-exílico associado com “as Festas da Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações” ou “vossas solenidades”. Mas, desconhecendo as “festas fixas” anuais dos israelitas, Isaías 66:22 e 23 fala apenas do sábado (semanal) e da Festa da Lua Nova (mensal) como ocasiões especiais em que os remidos haveriam de adorar a Deus nos “novos céus” e na “nova terra” (comparar com Ap 21:1). Em outras palavras, Isaías anteviu, nesse texto, que os remidos haverão de se reunir semanal e mensalmente para adorar o seu Criador (comparar com Ap 7:9-12).
Fonte: Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2001. p. 19
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