sexta-feira, 24 de junho de 2011

Marcha para Jesus atrai 1,5 milhão de pessoas

Nesta quinta-feira (23) aconteceu a 19ª edição da Marcha, reunindo cerca de 1,5 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, com a realização de alguns protestos contra a marcha.
O evento interdenominacional, realizado em São Paulo anualmente, é considerado uma das maiores manifestações públicas evangélicas do mundo. No ano passado, de acordo com a Polícia Militar, o evento reuniu 3 milhões de pessoas, apesar de a organização ter divulgado em nota que pelo menos 5 milhões de pessoas participaram da 18º edição.
Organizado pela Igreja Renascer em Cristo, a Marcha foi apoiada por diversas denominações evangélicas e teve a participação de cantores e bandas, além de dezenas de trios elétricos atraindo multidões.
"Neste dia, entregamos a Ti a honra e a glória e declaramos que este país está lavado pelo sangue do Cordeiro", disse o Apóstolo Estevam, fundador da Igreja Renascer em Cristo, de cima do trio elétrico.
 
Os principais cantores evangélicos que se apresentaram nesta quinta-feira foram: Lauriete, irmão Lazaro, Regis Danese, Davi Sacer, Cassiane, André Valadão, DJ Alpiste, Kleber Lucas, Fernanda Brum e Soraia Morais. Ao todo mais de 35 bandas e grupos participaram do evento.
 
O evento contou também com a participação de Raul Gil, apresentador do programa “Raul Gil” do SBT, o deputado federal, Marco Feliciano, o pastor e deputado Silas Malafaia, da Igreja Associação Vitória em Cristo e o senador e pastor Magno Malta, além de diversos outros convidados.
Além de shows e apresentações, o evento serviu para manifestar a contrariedade aos projetos de lei favoráveis a Homofobia. O Pastor Silas Malafaia, atacou a decisão do Supremo Tribunal Federal de legalização da união estável: "O STF rasgou a Constituição que, no artigo 226, parágrafo 3º, diz claramente que união estável é entre um homem do gênero masculino e uma mulher do gênero feminino", disse o pastor.
Estevam Hernandes, quando perguntado sobre as manifestações políticas na marcha, afirmou "as pessoas têm liberdade política e de expressão. A marcha não é um evento político. São opiniões pessoais que a gente não tem como controlar".
Protestos contra a marcha ocorreram por um grupo que defendem o “Cristianismo Puro e Simples” segurando faixas que diziam: “Voltemos ao Evangelho Puro e Simples”, o “Show tem que parar.” Eles protestavam contra as questões polêmicas de fraude que envolvem a Igreja Renascer e pela pregação da teologia da prosperidade.
 
Paulo Siqueira, um dos organizadores do protesto, disse ao The Christian Post que ele e os integrantes do grupo, inclusive sua esposa, foram agredidos no início do evento, por volta das 10:40h. Segundo ele, membros da Igreja Renascer – um deles se identificou como Pastor da Igreja - com camisetas da Marcha “pegaram sua esposa pelo pescoço” e levaram suas faixas “no chute e pontapé”. Siqueira, pastor da Igreja Quadrangular, relatou que todos os anos eles protestam e são agredidos.
A marcha teve cobertura internacional, foi noticiada por diversos jornais do país, como o Jornal Nacional. órgãos municipais também participaram, como a SPTrans, que disponibilizou a Van Atende, para transportar os deficientes físicos até a concentração. A organização disponibilizou um ambulatório com mais de 200 profissionais da área da saúde, divididos entre médicos e enfermeiros, que ficaram de plantão durante todo o evento.
A pista local da Avenida Tiradentes (entre a Avenida do Estado e o Túnel Tom Jobim, sentido aeroporto) foi interditada desde as 6h. Já a pista expressa, às 9h. As Avenidas Brás Leme, Rio Branco e Pacaembu serviram de alternativas para quem se locomoveu no eixo norte-sul.
Quando Roger Forster, pastor fundador da primeira Marcha para Jesus realizada na Inglaterra, cidade de Londres, no ano de 1987, teve o objetivo de tirar a Igreja das quatro paredes e mostrar que ela estava viva e presente na sociedade, não imaginava que a marcha se tornaria um evento tão popular.
A primeira edição da marcha chegou ao Brasil no ano de 1993. A edição realizada em São Paulo, já completou 18 anos de existência. No ano de 2009, o então Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou a lei que institui o Dia Nacional da Marcha para Jesus.

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