terça-feira, 31 de maio de 2011

Idolatria dos líderes nas igrejas neo-pentecostais

Um dia desses eu estava conversando com alguns amigos, e surgiu um comentário bem interessante sobre o comportamento de alguns líderes pentecostais aqui do Brasil.

Existem 3 grandes denominações que se enquadram no segmentos chamado de "neo-pentecostalismo", o qual engloba estas igrejas surgidas após a década de 1970 e que dão demasiado valor à prosperidade material (Teologia da Prosperidade) e à expulsão de espíritos malígnos, considerados os causadores de todas as mazelas da humanidade.

É curioso observar que estas 3 igrejas têm os nomes quase que idênticos, utilizando-se apenas de sinônimos:

Igreja Universal do Reino de Deus

Igreja Internacional da Graça de DeusIgreja Mundial do Poder de Deus

Talvez seja porque as 2 últimas são frutos de dissidências entre líderes da primeira...

Mas o comentário que surgiu no diálogo que mencionei acima foi referente à maneira como os pastores e "bispos" procuram "imitar" os trejeitos, modo de falar, de pregar, etc., dos líderes maiores de tais denominações, chegando até a criar alguns "modismos" no vestuário.

Em uma das igrejas, o dirigente máximo tem o hábito de falar de forma "esganiçada", "rouca", com um sotaque bastante "carregado" no "carioquês". Os seus "pastores auxilares" e "bispos" fazem o mesmo. É impressionante! Até os que nasceram e moram no Nordeste procuram imitiar o sotaque e a maneira de falar do seu "chefe"...rsrs

Outro detalhe lembrado sobre este "bispo" é o fato de que ele prega com as mãos arqueadas e os dedos rígidos e estendidos (como se estivesse segurando uma bola de Handball). Não dá outra: os pastores fazem o mesmo... é só observar na TV.

Em outra denominação, o líder (que prefere não se intitular como "pastor" ou "bispo") tem uma maneira de falar bastante própria, com uma dicção bem peculiar. O seu substituto imediato age da mesma forma, imitando também a entonação e o estilo de oratória do líder maior.

Outro fato curioso com a maneira de imitar seus líderes, é o que acontece na mais nova das 3 denominações acima mencionadas. O "apóstolo" (que se auto-proclamou assim) é idolatrado pelo povo, que "esfrega" (literalmente) lenços, carteiras de trabalho, gravatas, etc., neste ministro, para que a bênção dele "grude" no objeto utilizado.

Fico imaginando este tipo de cena, e comparo com a maneira humilde, simples e discreta com que Jesus e Seus apóstolos (verdadeiros) pregavam ao povo. E olha que era tudo DE GRAÇA, pois Jesus não exigia pagamento algum para que a pessoa recebesse a bênção.

De tudo isso, resta uma constatação:
O povo é muito idolátrico (resquício do romanismo?) e fácil de ser enganado por qualquer "vento de doutrina" que lhe prometa riquesas, mansões, empresas... e com o mínimo de abstinência e renúncia pessoal.


Fonte:Gilson Medeiros

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